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Enviada em: 19/10/2017

A terceira revolução industrial, cujo cerne foi o desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação, redimensionou o papel do homem na sociedade, além de reconfigurar as bases do processo produtivo. Nesse sentido, se por um lado tal conjuntura contribuiu para a aproximação de povos e pessoas; por outro, favoreceu o aumento dos níveis de desemprego, o que constitui um grave problema social que urge ser enfrentado. É válido, portanto, analisar as manifestações dessa questão visando mitigá-la.     Com efeito, desde o final do século XX, em decorrência do advento do neoliberalismo toyotista, a inovação é sempre requisitada. Todavia, isso intensificou também o processo de desemprego estrutural. Isso se dá uma vez que tecnologias amplamente desenvolvidas substituiram a mão de obra em diversos setores. Um exemplo disso é o impacto causado pela revolução verde que, como consequência da mecanização do campo, houve a diminuição dos níveis de emprego formal.      Paralelo a isso, outro fator que deve ser destacado é a demanda por mão de obra qualificada, uma vez que a manipulação de tecnologias digitais exige esse aspecto. Diante disso, centros de educação visando a formação técnica e profissional são fundamentais para a inserção no mercado de trabalho. Em contrapartida, o baixo investimento por parte do governo e de empresas privados nesse aspecto favorece a continuidade do problema.      Como consequência dos fatores supracitados, observa-se, dentre outras coisas, a intensificação da desigualdade socioecônomica ( uma das graves contradições do mundo globalizado ). Além disso, pode-se destacar a flexibilização das leis trabalhistas, uma vez que diversos trabalhadores, com receio do desemprego, se submetem a condições insalubres de trabalho.          Fica claro, portanto, que a revolução tecnológica reconfigurou as relações trabalhistas, fazendo-se necessário combater seus aspectos negativos. Sendo assim, cabe à receita federal disponibilizar um maior percentual dos impostos arrecadados para o investimento em instituições de ensino profissionalizantes, visando preparar uma maior parcela da sociedade para o mercado de trabalho. Concomitante a isso, associações público-privadas devem ser realizadas visando criar novos postos de trabalho e, com isso, mitigando o desemprego. Por fim, ONG's de cunho social devem se mobilizar em meios físicos ( praças públicas ) e virtuais ( redes sociais ),visando promover debates no âmbito e pressionar as instituições para que as medidas citadas sejam efetivadas. Procedendo-se assim, os aspectos positivos da globalização serão destacados e suas contradições, atenuadas.