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Enviada em: 01/11/2017

As grandes transformações mundiais ocorridas a partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, no século XVIII, culminaram na chamada Revolução do Conhecimento, que teve início por volta da década de 1970. Nesse contexto, presume-se que a informação ocupe posição de destaque na formação dos cidadãos. No entanto, observa-se a crescente substituição de trabalhadores por equipamentos automatizados no Brasil. A problemática persiste em virtude da baixa qualidade técnica da mão de obra brasileira, aliada à inadequada educação formal.           No que se refere à qualidade técnica, é indubitável que os profissionais devem envidar esforços na intenção de obter o mais elevado grau de conhecimento. No entanto, as elevadas jornadas de trabalho, bem como a distância entre a residência do empregado e seu local de trabalho, reduzem o tempo que pode ser dedicado á referida capacitação. Dessa forma,  extinto o posto de trabalho, o desempregado não dispõe de conhecimento diversificado para recolocação profissional. Comprova-se isso pela grande dificuldade de realocação dos bancários, durante a reforma sistemática ocorrida nos bancos entre as décadas de 1980 e 1990, em virtude de possuírem apenas formação específica.                 Outrossim, cabe salientar que a educação formal precisa acompanhar as mudanças ocorridas no mercado de trabalho. Conquanto o ensino superior priorize o aprofundamento das competências técnicas, os profissionais atuais precisam desenvolver habilidades diferenciadas, como criatividade. De fato, a automação atinge postos de trabalho repetitivos. Entretanto, as atividades criativas ou que demandam poder decisório não serão substituídas pela máquina, por maior que seja a evolução tecnológica. Isso se evidencia ao observar que uma pesquisa realizada em qualquer site de busca na internet, por intermédio da digitação de sintomas, apresenta resultado de várias doenças, porém, é o conhecimento do médico que, a partir do exame clínico, realizará o diagnóstico e prescreverá tratamento adequado.                      Destarte, é imperativo preparar os trabalhadores brasileiros para as mudanças decorrentes das evoluções tecnológicas. Nesse âmbito, as escolas devem ofertar ensino integral, com opções de cursos técnicos no contra turno, com o propósito de elevar a qualidade técnica dos futuros trabalhadores. Além disso, o Ministério da Educação deve incluir nos currículos escolares aulas de oratória e práticas empresariais, com o  objetivo de formar jovens habilitados para o amplo conhecimento exigido no mercado atual. Assim, tornar-se-á possível reduzir os prejuízos causados pelas mudanças tecnológicas ao trabalhador brasileiro.