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Enviada em: 12/03/2018

A partir da primeira Revolução Industrial, ocorrida entre os séculos XVIII e XIX, a sociedade tem presenciado intensas mudanças nas áreas tecnológicas. Através da modernização dos meios de produção, a manufatura deu lugar a novas máquinas capazes de produzirem em grande quantidade e em menor tempo. Entretanto, é discutível se essas transformações impactam apenas de forma positiva o mercado de trabalho.              Convém enfatizar que a inclusão da tecnologia contribui efetivamente nos serviços prestados pelos trabalhadores. Graças às melhorias na infraestrutura, é possível diminuir possíveis erros e, consequentemente, melhorar a segurança dos empregados. Para exemplificar, pode-se citar os avanços na agricultura: trabalhos manuais e com alto grau de periculosidade, passaram a ser realizados por máquinas, diminuindo, dessa forma, os índices de acidentes no trabalho. Ademais, o surgimento de modernos meios de comunicação, permitem uma maior flexibilidade ao trabalhador, podendo realizar atividades profissionais fora da empresa, aumentando a produção.        Contudo, é importante destacar as consequências dessas transformações para a classe trabalhadora. Com a evolução dos meios de produção, a mão de obra tem sido substituída por máquinas – ou até mesmo robôs – capazes de realizarem trabalhos impossíveis ao homem. Dessa maneira, somente a população com ensino técnico ou superior consegue garantir seu espaço no mercado, contribuindo, assim, para o aumento do desemprego nas grandes cidades. Nessa situação, muitos desempregados recorrem ao trabalho informal, submetendo-se às condições precárias de serviço, com elevadas cargas horárias e com baixos salários.               Fica evidente, portanto, que as transformações tecnológicas também afetam de forma negativa o mercado de trabalho. Diante disso, faz-se necessário que o Poder Público, juntamente com o Ministério da Educação, invista em qualificação profissional para a população. Através de corte de gastos desnecessários e a inserção de um baixo imposto sobre os cidadãos, é possível ofertar cursos técnicos e profissionalizantes nas instituições públicas de ensino. Dessa forma, será possível estabelecer um equilíbrio entre os avanços tecnológicos e a inclusão igualitária da população no mercado de trabalho.