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Enviada em: 24/10/2018

Muito se tem discutido, recentemente, acerca da revolução digital e seus impactos no mercado de trabalho brasileiro. Nessa discussão, o principal questionamento das pessoas está em torno da ameaça do desemprego em massa causado por uma previsível extinção das atuais profissões, uma vez que cada vez mais o trabalho humano tem sido substituído por máquinas. Contudo, na história, o mercado de trabalho sempre esteve se reinventando e o indivíduo se adaptou junto a ele, de modo que o possível desemprego pode ser superado.         De acordo com o pensamento do filósofo Heráclito, o mundo está em movimento, ou seja, não permanece num estado fixo, imutável. De fato, desde a Antiguidade até o mundo contemporâneo, ocorreram várias transformações na sociedade, inclusive no mercado de trabalho. Empregos foram criados, outros extintos. Durante o feudalismo na Idade Média, por exemplo, existia o cargo de cavaleiro, cuja função era proteger as terras do senhor feudal, porém, após o Renascimento, essa ocupação perdeu seu significado. Entretanto, ainda assim, era necessário que alguém defendesse territórios, patrimônios, tanto que surgiram outras ocupações relacionadas à segurança, como os policiais e os delegados. Isso exemplifica que as profissões podem se moldar ao novo contexto histórico.           Ademais, a humanidade, na Era Digital, é plenamente capaz de se manter empregada, desde que ela se mantenha atualizada das novas tecnologias e esteja disposta a desenvolver outras habilidades. Desse modo, caso o emprego de uma pessoa se torne extinto, ela se adapta mais facilmente a um outro cargo. A profissão de vendedor, por exemplo, pode ser extinta no futuro. No entanto, o comércio pela internet tende a crescer, de forma que surge o emprego de representante de vendas online, o qual exige a mesma essência de vendedor, somada às habilidades de informática. Portanto, não é preciso temer o desemprego, pois o mercado de trabalho sempre estará aberto às novas possibilidades.      Diante do exposto, visto que é necessário uma constante atualização das novidades tecnológicas para se manter empregado, o Ministério da Educação e Cultura  deve investir mais em cursos gratuitos de qualificação profissional. Para isso, esse órgão público deve fazer um levantamento de dados, junto com o IBGE das principais profissões com risco de extinção e prever futuras ocupações, a fim de preparar a população brasileira para as possíveis mudanças. Os cursos devem ser destinados aqueles cuja profissão tenderá a extinguir primeiro, de forma que este não seja prejudicado e fique desempregado.