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Enviada em: 23/10/2018

Na obra, "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, escritor brasileiro do século XX, foi retratada a realidade triste vivida por muitos nordestinos. Em vista disso, os impactos da transposição do Rio São Francisco, precisa ser analisado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas que tornam essa questão ainda mais difícil de ser solucionada.        Em uma primeira análise, é sabido que os problemas da seca nordestina causam prejuízo a milhares de pessoas, auxiliando na manutenção da pobreza local. Segundo dados do portal de notícias G1, a Água da transposição do Rio São Francisco deve chegar até o fim do ano ao Ceará, um dos estados mais afetados pela crise hídrica presente na região. Dessa maneira, é inadmissível que o Estado se omita diante dessa questão social em que estão inseridas milhares de indivíduos, totalmente, sem assistência, sendo submetidos a condições degradantes de vida.           Sob esse viés, pode-se afirmar que a ausência de um investimento em infraestrutura de qualidade para que a obra seja completa sem afetar a fauna e a flora. Fato, é que as ciências biológicas nos demonstram que essa construção pode desencadear inúmeros problemas, ocorrendo nos ecossistemas afetados, dentre eles a salinização dos afluentes do rio, perda da fauna e da flora, assim como a introdução de espécies exóticas, como escorpiões e outros insetos prejudiciais para as pessoas que residem nas cidades que receberão as águas do Velho Chico. Com isso, infelizmente, é necessária a mobilização de profissionais para que pontos negativos e positivos sejam analisados para que essa obra seja realizada da melhor forma possível.        Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar as consequências nocivas da transposição do Rio São Francisco. Para tanto, é imperativo que o governo federal crie um programa com grupos de assistentes sociais e da saúde para que esses visitem de modo periódico as famílias que moram no entorno de onde ocorrem as obras, com o intuito de oferecer segurança a essa parcela da população. É preciso, ainda, que biólogos e geógrafos de ONG´s e empresas privadas do ramo ambiental visitem esses espaços com o objetivo de analisarem os efeitos decorrentes da obra, a fim de desenvolverem meios de atenuá-los.