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Enviada em: 16/04/2019

De acordo com o artigo "Água no Século XXI, Desafios e Oportunidades", a água será considerada um bem muito valioso neste século, devido à sua crescente escassez e à sua importância para o desenvolvimento da sociedade. No Brasil, essa escassez ocorre principalmente no nordeste, motivo pelo qual foi criado o projeto para levar parte da água do rio São Francisco para áreas carentes do recurso. Mas, apesar dos claros impactos positivos para a população que recebe a       Por um lado, a transposição do rio contribui para a diminuição da extrema pobreza de populações que receberão a água. Segundo pesquisa divulgada pelo IPEA no ano de 2012, a agricultura é parte importante da economia do semiárido brasileiro, atividade que é prejudicada em períodos de estiagem. Como as famílias mais pobres não possuem recursos para a irrigação artificial, elas são obrigadas a viver sem o seu principal meio de subsistência até o retorno do período chuvoso, situação que agrava o problema de extrema pobreza observada na região do sertão nordestino. Esse quadro poderia ser mitigado pelo funcionamento do processo em curso no rio São francisco, que proporcionaria um fluxo constante de água para as regiões mais carentes do recurso.       No entanto, existem grandes  impactos negativos causados nos locais da transposição que devem ser levados em conta. Desses, um dos mais importantes é a situação da população que vive nas áreas em que a obra é feita. Sem aviso prévio, essas pessoas passam a estar em um ambiente muito desmatado,com perda de fauna e flora, efeitos do projeto. Consequentemente, as atividades econômicas das famílias dessa região, como a agricultura e criação de gado, ficam prejudicadas. Assim, os indivíduos que habitam em locais próximos à atividade de construção são forçados a encontrar outros meios de complementar sua renda ou buscar outros locais para viverem.       Desta forma, a realização da transposição do rio São francisco é vantajoso para a população que passa a receber a água, mas problemático para as pessoas que vivem em regiões próximas ao local de realização do processo. Para essa população, o governo brasileiro tem a responsabilidade de criar medidas de compensação aos impactos negativos causadas. Isso pode ser feito por meio de auxílio financeiro para esses moradores e de cursos, oferecidos em parceria com entidades locais de apoio social, que capacitem os indivíduos a exercerem outras atividades econômicas, como a produção de artesanato para venda. Assim, os benefícios do projeto podem ocorrer sem que a população que vive próxima à obra de construção seja muito afetada.