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Enviada em: 20/05/2017

O Rio São Francisco é de extrema importância para as comunidades do seu entorno, que dependem das suas águas para o suprimento de necessidades básicas. O Velho Chico propicia a agricultura irrigada, a pecuária e a pesca, assumindo, assim, um papel de destaque no setor econômico.        Devido a sua relevância e a sua abundância, em determinadas regiões do país, foi criado um projeto que objetivava expandir esse rio para outras áreas mais escassas, promovendo uma distribuição mais igualitária das águas. Após 10 anos do início das obras de transposição, as águas do Velho Chico começaram a chegar aos locais mais distantes do semiárido, fato que trouxe muita alegria às famílias que convivem com a seca da região. Apesar de trazer muitos benefícios, uma obra de grandes dimensões, como essa, pode acarretar sérios problemas ambientais.        A transposição de um rio demanda uma grande quantidade de hectares de terras para sua realização, promovendo um aumento significativo nos índices de desmatamento. A diminuição da vegetação, minimaliza o sequestro de carbono da atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Além disso, muitas espécies de fauna morrem ou procuram outros lugares para viver por causa da fragmentação ou extinção do seu habitat natural. O desmatamento da mata ciliar promove a erosão do solo e o consequente assoreamento do rio o que diminui, gradativamente, o volume das águas.          Resolver um problema de tamanha dimensão não é fácil, mas também não é impossível. O Governo Federal deve pensar de forma sistemática para não correr o risco de, ao tentar resolver um problema, acabar gerando outro. Por tanto, é primordial que haja a revitalização de toda a bacia através de um reflorestamento para fixar o solo de modo que erradique ou amenize o assoreamento, além de efetuar o processo de dragagem para a retirada de sedimentos do fundo do rio. Só assim, será possível conciliar  sustentabilidade com as necessidades da população.