Materiais:
Enviada em: 03/06/2017

Ao se discutir sobre a transposição do rio São Francisco, compreende-se ser algo já pretendido no governo de Dom Pedro 2º , mas só executado no Governo lula, ou seja, 160 anos depois. No entanto, há um discurso massificado, pontuando as desvantagens deste tal projeto, sendo o custo-benefício da implantação e os impactos ambientais e sociais gerados. Nessa perspectiva, deve-se sustentar a ideia de um estudo mais elaborado sobre as reais consequências desse projeto em questão.   Confirma-se, a partir dessa ótica, um argumento aparentemente coerente sobre o desvio entre 1 e 3% do rio para atender locais que convivem com a seca, pode acarretar em períodos de baixa do rio a destruição de fauna e flora. Entretanto, o ponto chave desse debate é o fato de não se levar em consideração a diversidade biológica dependente desse recurso, ou seja, espécies podem migrar para locais urbanos ou até mesmo serem extintas, causando desequilíbrio ecológico. É indiscutível então, que as pequenas populações dependentes de uma planta para seu sustento ficam desamparadas, além dos prejuízos causados por animais venenosos no perímetro urbano.   Outro Ponto a ser esclarecido é a ideia do rio possuir diversas hidrelétricas ao longo do seu percurso, sendo elas fundamentais para a geração de eletricidade para todo o nordeste. O Mais preocupante, contudo, é constatar que no projeto de transposição, não é levado em consideração os cenários de forte seca, que podem afetar o nordeste por períodos maiores que o normal, onde a menor quantidade de água faria falta para o São Francisco. Assim, fica claro a falta de projetos paralelos perante tal situação, onde há um descuido quanto reposição de energia elétrica.   Diante desse cenário, é essencial buscar soluções práticas, visando a médio e longo prazo seus resultados, como um programa do governo federal que construa poços profundos e cisternas para as populações mais distantes das fontes hídricas, a fim de reduzir nos períodos de seca o desvio de grandes quantidades de água do velho chico. Outra medida era o que já fora proposto pelo governo mas não foi efetivada, que seria a revitalização do São Francisco, pois ele passa por um processo de degradação desde o período colonial, e sendo revitalizado, suportaria melhor as secas mais prolongadas do semiárido. Com essas ações, acredita- se reduzir os impactos gerados por essa obra desnecessária perante a outras possibilidades de menor custo.