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Enviada em: 07/06/2017

Com a expansão da fronteira agrícola para a região  nordeste do país, a transposição das águas do rio São Francisco para a irrigação se configurou um ambicioso projeto governamental. No entanto, ainda que à primeira vista pareça ser um grande avanço para o setor agronômico e social, irá causar incalculáveis consequências sobre os ecossistemas, bem como o avanço dos impactos sobre a biodiversidade.   Como exemplo, no território Chinês, após a transposição do rio Amarelo para as áreas industriais, houve severas reduções de espécies vegetais e animais. A Hipótese da Gaia(deusa da mitologia grega) já previa esses efeitos ao considerar a natureza um grande organismo vivo repleto de limitações por ser, sobretudo, interdependente entre si e das ações humanas.   Ademais, esse megaprojeto é duvidoso quando se refere aos benefícios sociais. É importante salientar que o nordeste é uma das regiões do país onde mais se concentra terras em latifúndios, ou seja, essa lógica centrífuga não irá permitir que os pequenos produtores se beneficiem das áreas de irrigação,o que amplia, ainda mais, as  desigualdades sociais nesse espaço. Esse atual projeto, assim como o Carajás de 1970 desenvolvido no nordeste, irá provocar vários impactos faunísticos devido ao desmatamento, como a extinção de espécies endêmicas, por exemplo.   Destarte, urge a necessidade de ações governamentais com o objetivo de reduzir ao máximo os impactos da efetivação da transposição do rio São Francisco. Uma das medidas plausíveis será o Governo Federal , as empresas envolvidas, bem como os grandes proprietários, entrar em acordo em projetar uma área específica para a realocação das espécies, sejam vegetais ou animais, com o intuito de impedir seu desaparecimento. Some-se a isso a promulgação de uma lei no Congresso Nacional que estabeleça limites sobre a utilização dessas águas, a fim de que não ocorra sua redução excessiva.  Talvez ,assim, os abalos sobre o meio ambiente sejam, a curto prazo, menos catastróficos no âmbito social e ambiental.