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Enviada em: 13/06/2017

O ecossistema de um ambiente semiárido como o sertão nordestino brasileiro enfrenta grandes adversidades com os longos períodos de seca, tornando difícil a vida de pessoas e animais habitantes locais. É nesse contexto que o antigo projeto de transposição do Rio São Francisco se apresenta como a melhor solução para a escassez hídrica, contudo, quando posto em prática, apresenta graves prejuízos ambientais e sociais.  A ideia de transferir o curso do rio para as cidades mais afastadas foi concebida ainda no período monárquico de Dom Pedro II. Entretanto, as primeiras obras só se iniciaram séculos depois no segundo mandato presidencial de Lula, e hoje encontram-se paradas devido a citação da empresa construtora responsável na operação Lava-Jato.   Muitos danos causados ao bioma regional não foram previstos, incluindo a necessidade de migração da fauna aquática e o desmatamento da flora para a construção dos canais. Além disso, futuramente com a maior disponibilidade de água, as cidades crescerão o que gerará despejo de esgoto nas águas e assim culminará na poluição e morte de seres vivos.   O sofrimento cotidiano dos sertanejos é expresso na famosa música "Asa Branca" de Luiz Gonzaga, como no trecho: "... por farta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu Alazão". Em função da grande extensão do chamado "Velho Chico", quando alguns trechos do projeto foram concluídos as cidades que antes eram privilegiadas começaram a experimentar a diminuição do nível do rio. E a população das localidades mais acima acabam enfrentando dificuldades no abastecimento pela ineficiência do bombeamento de água.  Portanto, uma vez que inicialmente a transposição do Rio São Francisco tenha apresentado falhas e atrasos o governo brasileiro precisa rever as construções e retomar as obras contratando novos profissionais. Além disso, as instituições de ensino superior deveriam promover palestras para engajar seus alunos nessa causa, a fim de que possam contribuir com conhecimento e novas ideias para modernizar o projeto.