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Enviada em: 21/06/2017

Regiões que possuem poucos recursos hidrográficos e enfrentam secas – como o Nordeste brasileiro –, descobriram na transposição de rios uma forma de fornecer água para suas comunidades. Nesse contexto, o problema consiste em fazer essa realocação de forma não sustentável e percorrer um caminho contrário ao bem da sociedade, gerando impactos socioambientais degradantes. Dessa forma, nossos governantes precisam enfrentar o desafio de elaborar um projeto de transposição de rios que seja sustentável.  Os canais de uma transposição, como a do Rio São Francisco por exemplo, deixam marcas degenerativas na região. Nessa perspectiva, essas marcas são impactos ambientais perigosos, como o desmatamento de grandes áreas florestais para a construção dos canais, além de fomentar o processo de extinção dos animais que habitam essa flora e impossibilitar a migração de muitos animais entre ambientes. Ademais, a poluição dos rios é aumentada quando as indústrias e fazendas próximas aos escoadouros jogam seus resíduos ali. Assim, percebe-se que fazer a transposição do Rio São Francisco – e de todos os outros – de forma sustentável, com espaço para os animais e as florestas e sem poluir os rios é uma necessidade, e não uma opção.  No entanto, os longos períodos de secas na região Nordeste é um problema que foi o foco dos políticos brasileiros por muito tempo. A região sofre com os fatores naturais negativos que a assola, um exemplo é a falta de água, o solo arenoso e o extremo calor nas cidades nordestinas, que provocam a morte de muitos animais e plantas locais. Além disso, prejudicam e reduzem a produção agropecuária da região e criam uma necessidade gigante por água. Uma necessidade que não pode esperar por um projeto de transposição sustentável mais demorado. Logo, enquanto esse povo sofrer com a falta de água na região, não será possível pensar em um projeto de transposição mais sustentável.  Portanto, na medida em que os impactos negativos das secas forem diminuindo, as pessoas conseguirem acesso a água para produzir, beber e comer e, consequentemente, for diminuindo a necessidade urgente por água, deve-se criar alternativas sustentáveis as transposições existentes. Nesse contexto, é necessário fazer reformas nos canais de transposição para facilitar o deslocamento dos animais entre os ambientes, através da construção de pontes sobre as valas. Ademais, é importante também intensificar a fiscalização nas indústrias e fazendas próximas as águas e punir as que despejarem seus dejetos nos canais, com a contratação de fiscais para visitar os empreendimentos e criar multas caríssimas para os quais descumprirem as leis ambientais. Com isso, é possível realocar a água para comunidades que lutam contra a seca, de forma sustentável.