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Enviada em: 19/06/2019

A Cru Russa é uma tendência demográfica em que a mortalidade supera a natalidade com retração do PIB, devido ao elevado contingente populacional de idosos sob a população de crianças, adolescentes e adultos, sendo a Rússia o primeiro país a enfrentar tal situação. Nesse contexto, as Revoluções Industriais promoveram melhorias da qualidade de vida e avanços na área da saúde, possibilitando que a expectativa de vida aumentasse expressivamente. Assim, a retração econômica, aliado ao déficit do sistema previdenciário, representam os principais impactos do envelhecimento da população.    Em primeiro lugar, a economia de um país é respaldada no modelo de consumo adotado, sendo que a transição demográfica a afeta diretamente, por ocasionar o remodelamento da demanda, impactando a estrutura econômica. Tal fato foi explicitado na vinda da família real para o Brasil, no século XIX, em que os produtos produzidos pela indústria inglesa de vestimentas (voltados para climas amenos da Europa), não condiziam com o clima tropical do Brasil, necessitando de um remodelamento dos padrões das confecções para que fosse coerente como clima do país. Desse modo, a necessidade de modificação do modelo industrial para que a situação seja favorável à indústria e propicie o consumo é observada tanto no fato supracitado quanto no envelhecimento da nação. Sendo assim, a mudança demográfica pode ocasionar prejuízos à economia, por modificar o padrão estrutural da demanda.   Por conseguinte, a transição demográfica atual no Brasil implica no envelhecimento da população e na queda da taxa de natalidade, reduzindo a PEA (População Economicamente Ativa) responsável pelo sustento da PEI (População Economicamente Inativa),  tornando insustentável a perpetuação do atual modelo previdenciário brasileiro. Nesse âmbito, segundo o site "Público", em 2060, serão um milhão e 351 mil pessoas (37 por cento da população com mais de 15 anos), explicitando o atual cenário braseiro de modificação em sua estrutura demográfica. Assim sendo, haverá um grande contingente de idosos, refletindo em um cenário insuportável para o atual modelo previdenciário, pois os gastos com a PEI serão superiores a arrecadação da PEA, necessitando, assim, de uma reforma da Previdência.   Portanto, para que os impactos do envelhecimento da população sejam revertidos, o Ministério da Economia deve promover a modificação do atual sistema previdenciário, por meio da votação na câmara de um novo projeto que condia com o crescimento da PEI e a arrecadação promovida pela PEA - principalmente, visando a redução dos altos valores de algumas aposentadorias. Deve-se também, estimular o crescimento da natalidade para que o setor econômico não seja muito afetado mediante a transição demográfica. A partir de tais ações, poder-se-á reduzir os impactos promovidos pelo envelhecimento da população, garantindo que o Brasil não entre na Cruz Russa.