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Enviada em: 20/06/2019

A preocupação com os impactos do envelhecimento da população está presente na contemporaneidade brasileira. Nesse cenário, é preciso discutir alguns aspectos relevantes, como o mercado de trabalho, a previdência social e a saúde pública.  Inicialmente, observa-se que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil está passando por um processo de transição demográfica. Nesse sentido, a queda da taxa de natalidade prejudica o mercado de trabalho, uma vez que o número de trabalhadores ativos começa a diminuir, ao passo que os inativos aumentam, fato que diminui a mão de obra disponível.  Ademais, devido à queda no número de trabalhadores, a arrecadação de tributos do governo é prejudicada. Desse modo, a previdência social se torna mais onerosa, pois não há contribuintes suficientes para mantê-la. Assim sendo, o orçamento da união fica comprometido, fato que exige que o governo faça reformas previdenciárias, de modo a garantir recursos para outras áreas básicas da sociedade, como educação, segurança e saúde.  Acrescenta-se também que, devido ao envelhecimento populacional, a saúde pública fica sobrecarregada, visto que a maior parte da população brasileira é pobre e não tem recursos para financiar seguros privados. Nesse contexto, a queda de arrecadação de impostos e o aumento da demanda por saúde geram uma inevitável perda no nível de qualidade do serviço público, que, infelizmente, atualmente já é ruim.  Portanto, dado o exposto, é notório que a questão do envelhecimento populacional é complexa. Logo, é importante que os poderes Executivo e Legislativo, por meio de reformas estruturantes, preparem a sociedade brasileira para o cenário supracitado, de modo que o mercado de trabalho, a previdência social e a saúde pública não fiquem excessivamente prejudicados no contexto em questão.