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Enviada em: 22/06/2019

No contexto histórico pós Segunda Guerra Mundial o Brasil e o mundo vivenciaram avanços na medicina. Por conseguinte, surgiram novos métodos contraceptivos e aumentou-se a manutenção da higiene básica contribuindo, respectivamente, para a redução nas taxas de natalidade e ampliação da expectativa de vida. No cenário brasileiro, tal conjuntura manifesta-se no fenômeno de envelhecimento populacional que configura-se na geração de impactos sociais. Haja vista, o descaso governamental com medidas preventivas de saúde e a futura escassez de mão de obra que, juntas, propiciarão "barreiras"  sociais e econômicas para a nação.       Em primeiro lugar, destaca-se que devido às falhas no sistema público de saúde não acontece a efetivação de medidas preventivas de doenças, fazendo com que os cidadãos cheguem na terceira idade com a saúde debilitada  e elevando-se os gastos públicos. Ademais, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de oitenta por cento dos idosos sofrem de diabetes, hipertensão e obesidade e mais de setenta e cinco por cento desses dependem, exclusivamente, do SUS - Sistema Único de Saúde-  e chegam a aguardar por anos nas filas de espera e, muitas vezes , essa delonga resulta em óbitos. Evidenciando, uma grande divergência com o quinto artigo da Constituição Federal que assegura saúde pública de qualidade como um direito de todos e dever do Estado.       Consequentemente, observa-se que o Brasil trilha um caminho de futura escassez de mão de obra, pois segundo o IBGE, em 2030 mais de trinta por cento da população será idosa e - considerando o despreparo das medidas preventivas de saúde- enfermiça. Não obstante, de acordo com a demógrafa Ana Amélia, "a população é importante para fazer a nação andar." Ratificando que, os indivíduos movem a economia e o não investimento em prevenção de doenças fomenta "barreiras" que impossibilitam o desenvolvimento social e econômico do país.       Portanto, é mister que o governo federal invista em precautelas na saúde pública por meio de conscientização social acerca do combate a moléstias como hipertensão, diabete e obesidade, fornecendo exames periódicos e palestras nutricionais nos postos de saúde das comunidades e dos grandes centros que detalhem a importância da reeducação alimentar e da prática de exercícios físicos para um envelhecimento saudável. Além disso, tais palestras devem ser veiculadas nas páginas oficiais do governo, a fim de alcançarem o maior número de pessoas possíveis e contribuírem para uma reprogramação mental a respeito da relação cuidados com a saúde e envelhecimento. Com isso, a população chegará na velhice mais saudável, contribuindo na validação do quinto artigo constitucional e na abundância da força de trabalho, assim, o Brasil quebrará "barreiras" econômicas e sociais diversas.