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Enviada em: 20/06/2019

Conforme o ponto de vista científico, todo ser vivo nasce, cresce, reproduz-se e morre. Nesse sentido, nota-se, na atualidade, uma "mudança" nesse processo natural dos cidadãos brasileiros: o número de nascimentos está menor comparado à expectativa de vida desses, ou seja, no decorrer de poucos anos, haverá mais idosos do que jovens no Brasil. Assim, é preciso externar os efeitos dessa mudança na população e no setor econômico e de saúde do país, sejam eles negativos ou positivos.       Precipuamente, é válido afirmar que a taxa de fecundidade brasileira expressa-se em decadência ao observar a diminuição do número de filhos entre as famílias. A esfera econômica, por sua vez, requer certo equilíbrio entre a população trabalhadora ativa e a inativa (aposentados) para não entrar em crise. O provável crescimento do índice de idosos no Brasil, entretanto, dificultaria esse equilíbrio na economia, uma vez que a demanda de aposentadorias seria bem maior do que a quantidade de trabalhadores ativos, os mais jovens. Assim, o salário dos aposentados tenderia a cair, visto que o âmbito laboral seria insuficiente, de modo a contribuir com a desarmonia do setor econômico.      Outrossim, é previsto que, com o aumento da população idosa no país, o ramo da saúde será beneficiado, em virtude das maiores necessidades hospitalares e farmacêuticas do referido público. Uma pesquisa realizada por economistas do Instituto Superior de Economia e Gestão, a título de exemplo, aponta que o setor de produtos químicos - ligado ao de medicamentos - lucrará 24% até o ano de 2060. Em contrapartida, mesmo com o lucro de diversas indústrias do ramo, a qualidade de vida dos brasileiros - majoritariamente idosos - diminuirá, conforme a redução da aposentadoria. A procura por atendimento médico será maior, mas não será suficiente para cobrir os prejuízos econômicos causados pela possível disparidade etária.       Dado o exposto, o Estado deve incentivar o nascimento de mais brasileiros, por intermédio da promoção de apoio médico e escolar eficiente às famílias, com o fito de manter o necessário equilíbrio econômico e evitar possíveis crises. Ademais, o Governo, em parceria com grandes empresas, pode financiar e apoiar atividades prazerosas e lucrativas entre a população já aposentada - sem desrespeitar os direitos e limites desses -, a fim de movimentar o setor econômico a partir dessa renda extra. Além disso, se o crescimento de idosos persistir, o Ministério da Saúde, em consorte às indústrias de medicamentos, deverá assegurar que o público mais velho tenha total acesso a atendimentos de qualidade, mediante preferência nas filas dos hospitais e descontos nas farmácias, a fim de amenizar os possíveis prejuízos econômicos da supracitada problemática.