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Enviada em: 21/06/2019

Para a filósofa brasileira do século XX ,Marilena Chauí, a democracia deve ser um sistema de direitos iguais para todos, sem ações que prejudicam um grupo em prol de outro. Entretanto, longe de alcançar esse ideal, os idosos no Brasil são negligenciados,permanecendo à margem da sociedade. Nesse sentido, é preciso discutir o como o corpo social e o Estado contribuem para a perpetuação da mazela.    Mormente, é inocente acreditar que não há preconceito contra os idosos no país. Sob tal ótica, o sociólogo canadense Erving Goffman já falava em seu tempo que estigmas sociais são marcas negativas atribuídas a certos grupos sociais, os quais os impedem de serem plenamente aceitos pela sociedade. De fato, isso se verifica na mentalidade dos brasileiros ao associarem o idoso à um ser incapaz e sem utilidade para a nação, negando, assim, à terceira  seus direitos essenciais. Percebe-se, então, a necessidade de mudança desse pensamento retrógrado.    Ademais, é inegável a ausência do Estado na garantia do bem-estar desses indivíduos. Nesse contexto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a população mais velha irá dobrar até 2042. Porém, ao contrário de expandir melhorias para atender essa inversão da pirâmide etária, não observa-se acessibilidade de lugares públicos, postos de saúde de fácil acesso, assim como uma reforma previdenciária justa e efetiva. Logo, é evidente a inaceitável desconsideração do Poder Público com o princípio básico da democracia: a isonomia.   Destarte, fica axiomática a necessidade da mitigação dos desafios para garantir os direitos dos idosos no Brasil. Urge, portanto, que o Ministério da Educação promova a mobilização de toda a comunidade no combate à problemática por meio de palestras e seminários, mostrando a importância da terceira idade para o país, com o uso de dados, documentários e cartilhas. Espera-se, com isso, que a população valorize esse povo e cobre do Governo a efetivação dos seus direitos.