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Enviada em: 23/06/2019

Velho povo do jovem Pindorama      O ano de 2019 ainda não havia chegado aos seus seis primeiros meses, e os jornais brasileiros já estampavam uma série de discussões e manifestações acerca da reforma da previdência. Apesar de parecer um fenômeno incoerente para um país de formação recente como o Brasil, a população canarinha está envelhecendo em um ritmo acelerado, trazendo à nação as preocupações típicas da terceira fase da transição demográfica. Nesse sentido, cabe avaliar as questões econômicas e previdenciárias que envolvem esse processo de mudança.       É preciso observar, em primeiro lugar, os impactos que o envelhecimento da população causam à economia. Durante a primeira década do século XXI, o Brasil tornou-se um alvo de investimento devido a sua figuração no grupo do BRICS. Nesse contexto, e por também ter um mercado interno atrativo, muitas empresas trouxeram suas indústrias para os territórios ao sul das Américas. Contudo, após alguns anos, o país encontra-se em uma crise financeira, provocada pelo não aproveitamento dessa PEA (População Economicamente Ativa), abrindo espaço a maior expressividade dos idosos da PEI (População Economicamente Inativa). Problema este que gera um desequilíbrio do sistema econômico nacional.       Convém ressaltar que tais danos atingem, principalmente, as questões previdenciárias. Atualmente, o esquema de aposentadorias no Brasil é dependente de uma classe trabalhadora consistente, capaz de contribuir com a previdência social. No entanto, com o cenário econômico dos últimos anos, nota-se que há um descompasso entre o número de indivíduos subjulgados ao sistema e aqueles que podem manter o funcionamento dessa estrutura. Com essa redução da PEA e com envelhecimento dos brasileiros, o país encontra-se em uma encruzilhada que pesa sobre os cofres públicos e, acima de tudo, prejudica o indivíduo dependente, o qual contribuiu por toda vida e agora se depara com esse problema ocasionado pela má gestão estatal.       Fica claro, portanto, que os impactos do envelhecimento da população brasileira são reais e necessitam de soluções. Logo, para equilibrar essa difícil situação, é preciso que, a médio e longo prazos, o Brasil seja capaz de investir na PEA ainda existente, oferecendo-lhe educação, emprego e profissionalização a partir dos projetos de capacitação, que devem ser ofertados pelos MInistérios do Trabalho e da Educação. A fim de ampliar o número de contribuintes, os quais são suficientes para a estabilidade das aposentadorias. Não sendo, assim, necessário recorrer a projetos desconfortantes para o velho povo do jovem Pindorama.