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Enviada em: 26/06/2019

A expectativa de vida do ser humano, em geral, elevou-se notadamente nos últimos séculos com o apoio dos avanços no campo da medicina. Nesse sentido, é evidente que esse aumento no número de pessoas com idade elevada exige planejamento governamental para lidar com a situação. Dessa forma, é importante analisar como o envelhecimento populacional afeta a previdência do país e, ao mesmo tempo, torna necessário uma nova infraestrutura adaptada às necessidades desses indivíduos. No que concerne à problemática, é evidente que a mudança contemporânea do perfil da população gera efeitos no sistema previdenciário do país.              Isso ocorre pois, com a tendência moderna de diminuição do número de filhos por casal, somado ao envelhecimento populacional, resulta em um cenário no qual se diminui o número de contribuidores jovens no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, aumenta-se o número de beneficiários da aposentadoria, característica marcante da nova pirâmide etária que desequilibra as contas governamentais.Desse modo, fica claro que uma possível consequência, caso estratégias não sejam criadas para o problema, é o aumento do déficit previdenciário do país.         Ademais, esse novo contingente de indivíduos de idade elevada requer infraestrutura característica, como, por exemplo, assistência médica especializada e obras para melhor mobilidade urbana. Isso acontece pois, em idades avançadas há, em geral, acentuadas manifestações de doenças físicas e, além disso, o corpo possui vigor e força reduzidos e, consequentemente, torna-se fundamental a existência de estruturas como calçadas de boa qualidade e faixas de pedestres espalhadas pelas vias das cidades. Nesse viés, na ausência de infraestrutura adequada, não é possível garantir os direitos básicos para esses cidadãos, como o direito à dignidade e à saúde, defendidos pela Constituição Federal do país.        Fica evidente, portanto, que o novo perfil populacional exige mudanças no campo previdenciário e na infraestrutura do país. Em razão disso, é preciso que o Ministério da Economia promova mudanças no sistema de aposentadoria, como aumentar a contribuição para rendas elevadas e instituir teto para benefícios suntuosos, por meio de proposta de reforma da previdência a ser votada pelos representantes do Estado, com o intuito de garantir equilíbrio das contas previdenciárias do país e assegurar o benefício para todos os contribuintes. Por outro lado, é dever das prefeituras municipais, por meio de investimentos públicos, reforçar o atendimento médico para idosos e garantir obras como calçadas sem buracos, a fim de garantir o bem-estar dessa nova população emergente. Sendo assim, é possível, por meio de políticas públicas, adaptar o país para lidar com o novo cenário populacional.