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Enviada em: 26/06/2019

Após o fim da segunda guerra mundial, em meados dos anos 40, não só o Brasil como todo o mundo vivenciou um grande avanço na medicina, que somado ao controle de natalidade resultante do movimento feminista e da invenção dos anticoncepcionais nos anos 60, promoveu um grande aumento na expectativa de vida e uma redução na taxa de natalidade. Assim, o Brasil, um país já considerado senil, presencia-se um aumento na população idosa e uma transição demográfica preocupante para o âmbito econômico brasileiro. Urgem, então, soluções eficazes para resolver os impactos desse envelhecimento como os elevados custos com saúde pública e a escassez de mão de obra.        Com o aumento da expectativa de vida e a redução na taxa de fecundidade, o aumento da faixa etária da população é eminente. Segundo o professor José Alves da UFMG, em meados de 2080, o Brasil terá mais idosos acima de 80 anos do que jovens até 14 anos. Assim, é certo o crescimento nos gastos em saúde pública, uma vez que os idosos tem saúde mais frágil e problemas intrínsecos à idade. São necessárias, então, medidas que amenizem o impacto financeiro destes gastos sem comprometer a saúde da população.          Além disso, é evidente que tal envelhecimento aliado à queda da taxa de natalidade provoca também impactos na disponibilidade de mão de obra. É fato que tal realidade beneficiará alguns setores, como o farmacêutico, mas ainda assim não compensará os prejudicados. Também deve-se levar em consideração o número de idosos que não conseguem emprego pela idade, cada vez mais as empresas preferem funcionários mais novos por serem mais baratos (menos custos em saúde, salários mais baixos pela pouca experiência).       Os impactos de envelhecimento da população brasileira, portanto, devem ser estudados para que sejam os mínimos possíveis. É importante, então, o desenvolvimento de um programa de saúde preventiva para idosos, pois os gastos são significativamente menores que os tratamentos de urgência e ao prevenir problemas mais sérios auxilia não só o idoso como também o custo deste setor para os cofres públicos. É imprescindível, também, que haja incentivos fiscais para empresas que contratam idosos e para aquelas que contratam importam funcionários de outros países a fim de reduzir a escassez da mão de obra. Assim será possível abrandar os impactos que o envelhecimento nos reserva sem por em risco a economia ou a população.