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Enviada em: 28/06/2019

A partir da década de 1960,com a evolução dos métodos contraceptivos as taxas de fecundidade caíram no Brasil.Desde então, com o aumento da expectativa de vida e os baixos índices de natalidade nota-se uma transição demográfica,na qual observa-se um crescimento da população idosa.No entanto,o país não está preparado para atender às necessidades geradas por esse envelhecimento populacional.Nesse contexto,deve-se analisar como os fatores sociais e econômicos impulsionam tal problemática.   Em primeiro lugar,vale salientar a invisibilidade do idoso na sociedade que é estereotipado de inferior devido à sua idade.Diante disso,o sociólogo Zygmunt Bauman em sua obra "Modernidade Líquida",descreve o individualismo e a fluidez das relações sociais na sociedade pós-moderna.Sob tal ótica,os idosos sofrem discriminação social pelo fato de serem considerados pouco intelectuais e por serem incapazes de possuírem autonomia.Isso porque,segundo Bauman a fragilidade dos laços sociais torna as pessoas egoístas e individualistas com os outros indivíduos.Consequentemente,a falta de empatia com o idoso dificulta a sua inserção social na sociedade.  Outrossim,o envelhecimento populacional afeta diretamente a dinâmica da economia no país.De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, até 2060 um em cada quatro pessoas terá mais de 60 anos.Nesse viés,com a diminuição da população economicamente ativa o Estado passa a arrecadar menos impostos,na qual gera um déficit nos cofres públicos e inviabiliza o governo de suprir com as necessidades da terceira idade,tais como a previdência social e o sistema público de saúde eficiente.Por conseguinte,o Estado torna-se omisso e incoerente diante da realidade da população idosa,corroborado para a manutenção e exclusão em massa desse público.   Infere-se,portanto,que é imprescindível medidas para minimizar os impactos causados pelo envelhecimento da população.Logo,cabe ao Ministério da Educação - ramo do Estado responsável pela formação civil - promover palestras e atividades lúdicas nas escolas que visem elucidar aos docentes sobre os desafios do envelhecimento populacional e como lidar diante dessa realidade,por meio de profissionais capacitados como geriatras,com vistas a desconstruir qualquer pensamento de inferioridade ao idoso.Ademais,o Governo Central deve investir em políticas públicas de assistência ao idoso,em especial à saúde preventiva,que viabilize a prevenção de doenças que acometem a terceira idade,como as doenças crônicas,por intermédio de investimentos no Ministério da Saúde para atuação na área,a fim de proporcionar uma maior qualidade de vida a esse público.Dessa forma,o país estará preparado para a longevidade da população.