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Enviada em: 29/06/2019

Impactos na previdência social, baixas taxas de natalidade, superlotação do sistema público de saúde.  Diversos são os efeitos provenientes do rápido envelhecimento da população brasileira. Ao longo da história nacional, a elevação da taxa senil perpassou a identidade do país, nas últimas décadas, e fez regra de maneira sistemática. Com efeito, esse panorama de transição da estrutura etária nacional, fruto de grandes avanços científicos e de baixas taxas de fecundidade, mostra-se um desafio da pós-modernidade.    Em primeira instância, os avanços na medicina elevaram significativamente a qualidade de vida da sociedade e, consequentemente, sua expectativa de vida. Além disso, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a previsão é de que até o fim do do século a população mundial ultrapasse 10 milhões de habitantes e que no Brasil haja mais idosos acima dos 75 anos do que jovens abaixo dos 14 anos de idade. Vale ressaltar, também, que esse processo social gera grande sobrecarga na População Economicamente Ativa (PEA) do país, a qual necessita trabalhar por mais tempo para contribuir financeiramente e amenizar os impactos gerados na previdência social.    Em um segundo plano, a baixa taxa de fecundidade favorece a inversão da pirâmide etária que já ocorre em países desenvolvidos e se aproxima rapidamente do cenário brasileiro, haja vista que as mulheres, por terem até uma tripla jornada de trabalho - emprego, faculdade e filhos -, têm adiado cada vez mais a maternidade. Ademais, a revista Veja publicou em seu portal que, em 2050, cerca de 30% da população brasileira terá mais de 60 anos, o que somado a essas baixas taxas de fecundidade corrobora essa delicada situação presente no contexto nacional.     Portanto, é perceptível que o envelhecimento da população é um desafio no que tange a estrutura social do país. Visto isso, a fim de garantir melhorias nesse cenário, cabe ao Governo Federal, via Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento, por meio do redirecionamento de verbas, elaborar planejamentos para a construção de hospitais especializados para idosos - de forma a reduzir o tempo de espera para atendimento - e criar condições de infraestrutura que atendam esse novo panorama, como mais casas de repouso gratuitas. Dessa maneira, toda a sociedade será beneficiada e os efeitos dessa situação, amenizados.