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Enviada em: 01/07/2019

A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por mudanças estruturais etárias que perduram até os dias atuais. A evolução da medicina, a modernização das cidades e o investimento em tecnologia (legados da guerra), possibilitaram que a expectativa de vida mundial aumentasse abruptamente. Em contrapartida, o maior planejamento familiar, aliado à diminuição da taxa de fecundidade, teve como consequência o envelhecimento da população, que, por sua vez, acarretou em uma queda veemente da População Economicamente Ativa (PEA); assim como crises no sistema de aposentadorias. Nesse sentido, são necessários subterfúgios para amenizar o problema.       A princípio, é importante destacar que a diminuição da massa de jovens trabalhadores - causada pela mudança na estrutura populacional - é um problema grave para a economia, no que se refere à falta de mão de obra para impulsionar as relações de trabalho e comércio; assim como déficit de mercado consumidor. Outrossim, tendo em vista o modelo econômico capitalista vigente, tais problemas resultam em crises econômicas, assim como a vivida pelo modelo de produção fordista em 1929, na qual a falta de mercado consumidor desembocou em uma grande depressão no sistema de produção em questão.       Ademais, é mister salientar os impasses que o envelhecimento populacional causa no sistema regido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Para se ter uma previdência saudável é necessário que a PEA seja maior que o número de aposentados, pois, a partir da inversão da pirâmide etária (realidade em países europeus), a previdência social fica sem recursos para garantir a aposentadoria de um número extraordinário de idosos. Segundo o doutor em demografia Eustáquio Alves, até 2080 o Brasil terá mais idosos de 80 anos do que crianças e jovens; denotando-se, assim, uma previsão de crise previdenciária para as próximas gerações.       Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de resolver o problema. Nesse sentido, é imprescindível que o Ministério da Justiça - a partir do departamento de migrações - incentive o aumento da PEA Brasil, por meio de programas de imigração de jovens, para que esses possam alavancar a produção nacional a curto prazo. Ademais, cabe ao Ministério da Economia a mudança no sistema de aposentadorias, mediante reforma previdenciária - que respeite os direitos fundamentais de cada indivíduo -, para que a futura população idosa possa desfrutar de todo seu esforço ao longo da vida.