Materiais:
Enviada em: 08/07/2019

Muito se tem discutido, recentemente, acerca dos impactos causados pelo envelhecimento da população brasileira, oriundo da diminuição da taxa de fertilidade e da taxa de mortalidade. É inegável que o Brasil não está preparado para lidar com os efeitos provocados pelo envelhecimento populacional, uma vez que as políticas públicas não acompanharam essa transição demográfica. Desse modo, urge que o Ministério da Saúde, junto ao Ministério do Trabalho, atue na resolução da problemática.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que, apesar de a preocupação com as consequências do crescimento do número de idosos ser recente, tal processo ocorre desde a metade do século XX. Durante o fim da Segunda Guerra Mundial, houve um grande avanço na área da medicina, o que possibilitou o aumento da expectativa de vida dos indivíduos, bem como o declínio da taxa de fertilidade, devido ao surgimento de métodos contraceptivos. Nota-se que o número de brasileiros acima de 60 anos já é alto, cerca de 29,6 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e tende aumentar. Consequentemente, as despesas com a saúde pública também serão maiores, visto que os idosos são mais propensos a adoecerem.   Além disso, o envelhecimento da população brasileira também afeta diretamente a economia do país, dado que, diferentemente do ocorrido na Europa, em que o envelhecimento populacional se deu quando os países europeus já apresentavam níveis socioeconômicos que proporcionavam boa qualidade de vida ao cidadão, o Brasil ainda não oferece as condições necessárias para que a parcela da população composta por idosos permaneça no mercado de trabalho.   Em virtude dos argumentos apresentados, conclui-se que o Brasil não se encontra preparado para os impactos provocados pelo processo de envelhecimento da população. Urge, portanto, que o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, conjuntamente, desenvolvam um programa de saúde preventiva para os idosos, a fim de que esses estejam menos suscetíveis a doenças graves, como diabetes e hipertensão, por exemplo. Desse modo, a terceira idade poderá continuar no mercado de trabalho e, por conseguinte, a economia do país não será prejudicada. Somente assim, as consequências do envelhecimento populacional serão superadas.