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Enviada em: 09/07/2019

O filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" conta a história do personagem de Brad Pitt, um homem que nasce com aparência de um ancião e vai ficando jovem com o passar dos anos. Ao longo da narrativa,  pode-se observar que, com a regressão de idade, as necessidades vão se modificando e as enfermidades diminuindo. Fora da ficção, a realidade da sociedade brasileira é antagônica: o envelhecimento da população traz impactos como a necessidade do aumento da acessibilidade motora e o déficit na previdência social.     Primeiramente, é preciso compreender a situação dos indivíduos nessa fase da vida. A mobilidade reduzida implica na exigência de adaptações nos ambientes públicos, com acesso facilitado aos restaurantes, mercados e banheiros, por exemplo, com rampas antiderrapantes e elevadores. Além disso, problemas de saúde são passíveis de idades avançadas o que, por conseguinte, gera uma maior necessidade de cuidados e atendimentos médicos. No entanto, os cidadãos brasileiros e, principalmente, o governo, ainda não se adaptaram a transição demográfica e apresenta escassez em muitos serviços para a terceira idade. Contrariando, portanto, o Estatuto do Idoso em que é dito "É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade e o respeito e a dignidade, como pessoa humana".    Outrossim, o déficit na previdência tem raízes mais profundas, causada não só pela diminuição natural de contribuintes, mas também pela ascendente geração "nem nem". Nessa perspectiva, o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que 23% dos jovens entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham, o que, consequentemente, diminui a arrecadação das aposentadorias, visto que, terá menos adultos fazendo parte da população economicamente ativa. Assim, os impactos negativos na vida dos idosos que necessitam desse recurso para ter uma vida digna e atender seus cuidados são cada vez mais evidentes.      Por isso, é preciso que o Estado tome providências para superar esse impasse. Para garantia dos direitos dos idosos e amenização dos impactos negativos do crescimento do envelhecimento da população, urge que o Poder Judiciário constitua, por meio de novas legislações, metas para o desenvolvimento de leis que tornem adaptáveis todos os lugares públicos, garantindo, assim, a assistência necessária a eles. Desse modo, a terceira idade seria vivida de forma mais harmônica, diminuindo os impactos negativos dessa fase da vida e, por fim, respeitando, plenamente, o Estatuto do Idoso.