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Enviada em: 09/07/2019

Segundo a filósofa francesa Simone de Beauvoir, a velhice é a paródia da vida. Por conseguinte, é indubitável que essa premissa afirma uma triste realidade enfrentada pelo idoso: a iminência do envelhecimento e suas implicações. Isso deve-se ao fato de que a população brasileira tem envelhecido exponencialmente nos últimos anos e com isso grandes empecilhos começaram a surgir, como a necessidade de uma reforma da previdência e uma mudança drástica no perfil populacional, que pode impactar negativamente em alguns setores sociais. Nessa perspectiva, é impreterível a premência de uma intervenção governamental com o fito de melhorar a qualidade de vida do idoso, visando a garantir os direitos básicos como a aposentadoria, ao mesmo tempo que preze pelo bem-estar da terceira idade.        A princípio, ressalta-se que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil será o quinto país mais idoso até 2030. Esse dado demonstra o quanto o perfil brasileiro está mudando, mediante o aumento da expectativa de vida e o decréscimo na taxa de natalidade. Destarte, é compreensível que essas mudanças devem-se, principalmente, ao advento da Revolução Industrial, que impactou positivamente na indústria farmacêutica e no avanço da medicina, fazendo com que as pessoas vivessem mais, ao mesmo tempo que a inserção dos métodos contraceptivos diminuiu o número de nascimentos na população economicamente ativa, o que acarretou as mudanças populacionais supracitadas.        Outrossim, embasado no pensamento do filósofo inglês John Locke, é dever do Estado garantir os direitos inalienáveis do cidadão, tais como a vida e a liberdade. Desse modo, é inteligível que o governo deve se adequar às alterações da população, buscando atender integralmente os idosos que crescem em número anualmente. Sendo assim, uma reforma da previdência é necessária, tendo em vista que o aumento do número de indivíduos na terceira idade muda drasticamente a PEA (População Economicamente Ativa), algo que deve ser resolvido urgentemente pelos órgãos governamentais.       Infere-se, portanto, a urgência de se buscar soluções viáveis para essa problemática. Para isso, é de suma importância que o governo federal, em parceria com empresas privadas, busque criar um projeto de proteção ao idoso, desenvolvendo uma campanha de valorização da terceira idade, por meio da criação de ONGs com atendimento especializado, que ofereça serviços de saúde, acompanhamento psicológico e um controle particular de previdência social, no qual os membros de uma família possam contribuir mensalmente, visando a garantir a aposentadoria futura dos mais velhos. Dessarte, o Estado estará valorizando a população idosa e resguardando os direitos assegurados por Locke.