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Enviada em: 09/07/2019

A imposição de padrões rígidos de certo e errado e a busca por verdades absolutas impedem que parte da sociedade conviva com as diferenças. Essa visão etnocêntrica resulta em uma pretensa superioridade capaz de causar exclusão social, ou ate mesmo agressões físicas, como no caso da violência contra o idoso. Essa problemática ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também ao posicionamento do Estado diante desse infortúnio.      A princípio, nota-se que a educação no Brasil é conteudista, mecanizada, essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa a deseja na formação educacional dos jovens brasileiros, os quais, ausentes de uma educação que estimule o pensamento crítico, acabam seguindo uma política de segregação social, desenvolvida no ambiente de trabalho e apoiada durante as Revoluções Industriais, a qual pessoas idosas não têm espaço em certos grupos sociais, aumentando, assim, a exclusão social da população com idade acima de 65 anos.           Em segundo plano, o posicionamento do Estado também cumpre papel relevante para o aumento dos problemas enfrentados por idosos no país, pois, o Brasil, apesar de ter desenvolvido políticas públicas coletivas que contribuíram  para o envelhecimento dos brasileiros, não  projetou a economia  da nação para esse fato, dessa forma, o anciã, contrario às sociedades antigas que os privilegiavam, é visto como um peso monetário, principalmente, na questão previdenciária, tendo em vista que o modelo adotado é considerado, por especialistas, como uma pirâmide, na qual as pessoas economicamente ativa vai pagar as despeças da população "inativa". Dessa forma, o aumento da população com idade superior a 65 acarreta um peso maior nas despeças , levando, assim, um colapso econômico no país.         Fica evidente, portanto, a necessidade que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar os problemas enfrentados pela população com idade acima de 65 anos. Para isso, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais, no ensino médio e infantil, como a semana da valorização do idoso, com estudo de caso e peças teatrais que possam conscientizar os jovens sobre a importância da inclusão social de pessoas mais velhas na sociedade, acabando, assim, com a segregação compartilhada entre os anciões, tanto no mercado de trabalho, quanto na sociedade em geral.