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Enviada em: 09/07/2019

Desde o século XX, a população brasileira vem envelhecendo e, concomitantemente, a taxa de fecundidade sendo reduzida. Isso constitui um grave problema social, à medida que a população economicamente ativa tende a diminuir, o que implica um maior gasto com aposentadoria e, por consequência, prejuízos a outros setores sociais. Nesse cenário, o baixo poder aquisitivo do povo e inserção da mulher no mercado de trabalho se mostram como os principais fatores que sustentam essa problemática, sendo necessário, portanto, que o Brasil tome medidas para mitigar essa situação.      A princípio, os prejuízos gerados aos cofres Públicos devido a esse envelhecimento ultrapassam mais de 9 bilhões, segundo o Consenso. Essa realidade tem acarretado retrocessos a diferentes setores, como o da saúde e educação, que sofrem com a falta de investimentos, é o que afirma o Ministério da Saúde. Nesse sentido, pode-se afirmar que o poder aquisitivo das pessoas corrobora com a continuidade desse desequilíbrio populacional. Isso pode ser ratificado segundo pesquisas da USP (Universidade de São Paulo) que afirmam que apenas dois, a cada sete casais, desejam ter filhos no Brasil, em função das condições financeiras desfavoráveis. Logo, a população econômica ativa decai, forçando o Poder Público a gastar elevadas quantias com a aposentadoria.         Além disso, uma outra consequência causada pelo aumento da população mais idosa é o fato de que essa parcela tende a ter suas aposentadorias minimizadas. Segundo a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), quase 65% dos idosos, devido a uma redução desse benefício, não poderão desfrutar do valor integral que até então estava estimado, o que atrapalha o planejamento de vida de muitas pessoas. Sob tal ótica, é indubitável que a entrada da mulher no mercado de trabalho se relaciona com assunto. Em defesa disso, dados da USP revelam que, com esse fato, o tempo de cuidar dos filhos diminui, dificultando o aumento da taxa de fecundidade e, ao mesmo tempo, contribuindo para o desequilíbrio sistema financeiro do país, haja vista que não haverá quem reponha, no futuro, o dinheiro gasto com população mais velha.    Destarte, para se combater esse problema econômico e populacional, são necessárias ações concretas e que tenham o Estado e o Governo como protagonistas. O Estado deve promover políticas públicas de incentivo à fecundidade, por meio de programas de subsídio, com o fito de aumentar o poder de compra das famílias. Ademais, o Governo Federal precisa fomentar a guarda materna, com auxílios financeiros as mulheres, a fim de que o sexo feminino possa ter sua independência financeira durante a maternidade e não use isso como argumento para não se ter um filho. Decerto, assim, o Brasil poderá superar esse viés nacional e voltar a prosperar economicamente.