Materiais:
Enviada em: 14/07/2019

Desde meados do século XIX, intensificou-se no mundo o estudo das causas das doenças e a partir de então, o avanço tecnológico na área médica vem possibilitando maior expectativa de vida populacional. Ademais, consequente aos novos padrões das sociedades contemporâneas, a taxa de fecundidade sofre quedas bruscas ano após ano e juntamente com o declínio da mortalidade resultam em uma população cada vez mais idosa.  Entretanto, na contramão de países desenvolvidos, o Brasil sofre com a falta de investimento do Estado em medidas de adaptação à mudança etária social. Nesse sentido, cabe análise das principais causas e impactos desse envelhecimento para a população.    Em primeiro lugar, é possível compreender a erradicação de diversas doenças como um dos principais fatores causais da longevidade, pois a partir da  descoberta e advento de medidas preventivas, tais como a vacinação, o declínio de epidemias se tornou realidade no país, sendo imprescindível destacar a contribuição de importantes figuras como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas nesse progresso em cenário nacional. A exemplo disso, um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revela um crescimento de mais de 14% na população de idosos nos últimos 10 anos, número esse que impulsionou a criação do programa "Idoso bem cuidado" pela Agência Nacional de Saúde com o fito de assegurar atenção mais ampla voltada para a faixa etária.    Em segundo lugar, as consequências desse envelhecimento populacional têm causado preocupações, uma vez que em um futuro breve, os custos da saúde pública aumentarão drasticamente devido à quantidade de casos de doenças crônicas no país. Além disso, haverá um menor número de pessoas em idades produtivas e com isso, os custos da previdência social serão incompatíveis com o número de contribuintes, o que causará profundos impactos na economia nacional. Por outro lado, de acordo com o Portal G1, atualmente apenas 1/4 dos idosos decidem parar de trabalhar de vez após a aposentadoria, e apesar de positivo para a economia, eles enfrentam dificuldades de recontratação em empresas, mesmo quando cerca de 70% ainda busca regressar.    De acordo com o supracitado, é nítida a necessidade de ampliação de medidas que visem diminuir o impacto do aumento populacional no Brasil. Para isso, seria imprescindível a criação de um projeto que desestimule a saída precoce do idoso do mercado de trabalho. Esse, seria viabilizado por iniciativas estatais que atuariam na ampliação das leis trabalhistas, tornando-as mais flexíveis, com menores jornadas diárias e redefinição de tarefas. O governo realizaria ainda uma parceria com empresas privadas, oferecendo isenções fiscais em troca da contratação de uma certa porcentagem de idosos no quadro de funcionários, ajudando assim a movimentar a economia e reduzir os déficits na contribuição.