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Enviada em: 10/07/2019

Conforme a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força atue sobre e mude o seu curso, observa-se que diante de mesma óptica, os entraves ocasionados pelo envelhecimento da população são problemas que tendem a continuar a persistir no Brasil e no mundo. Com isso, a combinação de fatores econômicos e os ligados a falta de amparo ao idoso, configuram-se como agentes agravantes da situação atual.       Em primeiro plano, é preciso atentar para a origem dos empecilhos de ordem demográfica que ocorre na estrutura das pirâmides etárias com o decorrer do tempo. No caso do Brasil, a população que até meados de 1960 era considerada jovem, passou a ser adulta nos tempos atuais, com tendencia ao envelhecimento devido a redução da taxa de fecundidade e aumento da qualidade de vida. Segundo dados do IBGE, a partir de 2039 haverá mais idosos que crianças vivendo no país. Entretanto, o aumento da expectativa de vida, acarreta em problemas de ordem econômica para a comunidade, visto que, fica cada vez mais difícil arcar com os custos de previdência, quando se tem um número de indivíduos economicamente ativos menor que o de idosos.       Ademais, a negligência e o abandono que parte dos mais velhos sofrem perante seus familiares, contribui para deixar a situação ainda mais caótica. Nesse contexto, o filme "O Curioso Caso de Beijamin Button", de 2008, exemplifica bem a questão quando o protagonista Benjamin, devido uma anomalia, nasce velho e é abandonado em um asilo, onde cresce cercado com vários outros idosos que foram deixados sobre mesmas circunstâncias por seus parentes, para não lidar com a responsabilidade de apoio à estes. Logo, conclui-se que, a falta de assistência  conferida aos indivíduos de faixa etária mais alta, contribui para a permanência dos transtornos gerados pelo envelhecimento, assim como o corpo que continua em movimento pela Lei da Inércia.          Portanto, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que alterem este cenário, tais como: o estimulo ao aumento da natalidade, feito pelo Governo Federal, por meio de apoio financeiro ao indivíduos interessados em ter filhos, para que este incentivo possa elevar a taxa de fecundidade do país e evitar problemas futuros relacionados à previdência. Além da divulgação de propagandas em todos os meios de comunicação, realizado pelo Estado através de seu órgão oficial de publicidade (SECOM) que, busquem conscientizar a população dos prejuízos ocasionados pelo abandono dos mais velhos, com foco em mensagens apelativas para gerar comoção e provocar empatia. Assim será possível encontrar um meio que funcione como a força definida por Newton, capaz de realizar a mudança no percurso dos impactos do envelhecimento, de sua permanência para seu fim.