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Enviada em: 11/07/2019

A sociedade mundial contemporânea, desde a Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica, vivencia alterações decorrentes do aprimoramento tecnológico em diversos setores. Por conseguinte, esse desenvolvimento proporciona maior qualidade de vida para a população em geral. No Brasil, o aumento da expectativa de vida, aliado a outros fatores, influencia diretamente no envelhecimento da população. É necessário, portanto, refletir sobre tais fatores e o impacto do crescimento exponencial do número de idosos em determinadas áreas no país, como a saúde.      Em primeira análise, a mudança do papel feminino na sociedade afeta, a longo prazo, o envelhecimento da população. Tem-se como exemplo a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho desde a segunda guerra mundial, em que a população masculina sofreu declínio. Desde então, as mulheres conquistaram um espaço que lhes permite tomar decisões acerca de questões como independência financeira e maternidade. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE, a taxa de famílias formadas por casais sem filhos cresceu 33% no Brasil entre 2004 e 2013. Nesse sentido, a queda na taxa de fecundidade representa uma baixa população jovem que, aliada ao crescimento da expectativa de vida, contribui para o aumento do número de idosos.       Em segunda análise, o envelhecimento da população impacta diversas áreas, como o setor da saúde. Anatomicamente, o corpo do idoso é frágil e não funciona como o de um adulto. Por essa razão, esse indivíduo tem tendência a possuir doenças relacionadas ao coração, à diabetes e aos ossos, além de doenças mentais como alzheimer. Desse modo, com o crescimento da população mais velha, é necessário um maior investimento na saúde pública brasileira. Além disso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, a depressão tem se tornado mais comum em idosos, principalmente por causa do abandono familiar. Assim, é importante ressaltar a necessidade do cuidado relacionado à saúde mental dessas pessoas.        Infere-se que o aprimoramento da saúde pública voltada aos idosos é de suma importância. Portanto, cabe à Sociedade Brasileira de Geriatria, juntamente com o Ministério da Educação, fomentar o número de profissionais geriatras no Brasil, que corresponde a um valor baixo, por meio de palestras e disciplinas específicas sobre a relevância desse especialista no futuro da saúde brasileira nas faculdades de medicina, a fim de obter mais profissionais nessa área. Ademais, o Ministério da Saúde deve propor políticas de envelhecimento ativo e, por meio da divulgação midiática, estimular a prática de atividades físicas e terapêuticas que visem melhorar a saúde mental dessa população. Dessa forma,  com o envelhecimento saudável, a longevidade se tornará um benefício.