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Enviada em: 12/07/2019

Segundo Zygmund Bauman, sociólogo polonês, a fluidez nas relações políticas, sociais e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. No Brasil, um dos principais impactos do envelhecimento da população é o despreparo do país para proporcionar o bem-estar aos idosos, uma vez que não atende às necessidades básicas sociais e de saúde as que tem direito.    Referente aos desafios do aumento do número de idosos no país, sabe-se que as políticas públicas voltadas para a terceira idade tem sido mal executadas. O Estatuto do Idoso estabelece o lazer como um direito dos idosos, no entanto, cabe ao Estado e prefeituras colocar em prática essa regra, o que não está acontecendo. Segundo o IBGE, apenas 15% das cidades possuem áreas de lazer para idosos. Uma vez sem lazer, atividades para desempenhar e portando as limitações físicas do envelhecimento, os idosos tendem a se isolar deixando o convívio social, e, também exercer sua cidadania.    Além disso, a população de idosos não consegue obter o cuidado da saúde que precisa por causa da falta de profissionais voltados às suas necessidades. A escassez de geriatras preocupa, visto que a população idosa apresenta características peculiares que demandam de conhecimentos diferenciados por parte do médico, no que diz respeito a diagnóstico e tratamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil não possui o número mínimo necessário de médicos geriatras. Situação que afeta negativamente esta parcela crescente da população.    Ademais, é necessário que o poder Executivo, em parceria com os Estados e prefeituras, crie um plano para a inserção do idoso na sociedade, bem como destine recursos financeiros para a construção de centros comunitários nas cidades, com atividades para a terceira idade, como hidroginástica, jogos, leitura, aulas de músicas. Outrossim, o Ministério da Educação, juntamente ao Ministério da Saúde, deve promover palestras nas faculdades de medicina, ministradas por geriatras experientes, conscientizando os estudantes quanto a real situação dos idosos no país, incentivando-os a aderir a uma especialidade tão necessária.