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Enviada em: 13/07/2019

A indústria da Sétima Arte tem desenvolvido obras cinematográficas sobre os principais assuntos que impactam na sociedade hodierna, como exemplo aquelas que são protagonizadas por idosos e narram seu cotidiano. Isso porque o envelhecimento populacional tem colocado em xeque a harmonia social brasileira, haja vista a ameaça ao bônus demográfico e a má distribuição no sistema previdenciário. Com isso, mudanças são necessárias por parte do poder público a fim de intervir nessa problemática.       A Constituição Federal de 1988 garante o princípio da isonomia social aos cidadãos brasileiros como forma de melhoria da qualidade de vida. Entretanto, devido aos gargalos econômicos no Brasil, tal princípio se encontra ameaçado, uma vez que o bônus demográfico atual, o qual caracteriza-se pela maior proporção da População Economicamente Ativa (PEA) em relação aos inativos e beneficiários, não permanecerá presente na realidade brasileira, como mostra os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): nos últimos cinco anos, o número de idosos aumentou seis vezes. Por isso, a Previdência Social se encontrará em situação de desequilíbrio nos próximos anos, o que aumentará os desafios para a aposentadoria no Brasil.      Outros dois fatores prejudiciais são a constante concentração de renda somado à má distribuição das aposentadorias. De início, vale ressaltar que, como afirmou Aristóteles, a cultura é o melhor remédio para a velhice. Porém, a falta de acesso por parte dos idosos impede a aplicação dessa afirmação, porque o sistema previdenciário concentra as aposentadorias nas mãos de apenas 20% dos aposentados, de acordo com o IBGE, caracterizados por funcionários públicos e políticos. Tal cenário é um reflexo da desigualdade social, a qual se encontra enraizada na sociedade brasileira por moldes históricos e necessita de medidas que alterem essa conjuntura.     Em suma, os impactos do envelhecimento da população brasileira estão, intrinsecamente, ligados às questões demográficas e da Previdência Social. Urge, portanto, que a mídia promova campanhas de incentivo à natalidade, por meio de propagandas, de modo que alcance a taxa de reposição de 2,1 filhos por mulher, para que o bônus demográfico permaneça constante e a pirâmide etária em equilíbrio. Outrossim, o Ministério da Previdência Social deve criar medidas de austeridade para a resolução do problema em questão como a reforma da Previdência, a fim de que ocorra a distribuição das aposentadorias sem que haja nenhum tipo de concentração e vise ao pleno acesso dos idosos à saúde, cultura e segurança. Assim, a máxima de Aristóteles será experienciada.