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Enviada em: 15/07/2019

Em regra, os países, após atingirem determinado nível de desenvolvimento, enfrentam um período classificado como de transição demográfica, que corresponde ao envelhecimento contínuo da população sem que isso esteja contrabalançado por um número suficiente de nascimentos. Um dos principais impactos ocasionados por esse desequilíbrio é a redução da população economicamente ativa, que é responsável, em síntese, por sustentar economicamente qualquer nação. Dessa forma, é necessário analisar os fatores relacionados àquela redução.    Em primeiro lugar, é nítida a correlação entre envelhecimento e diminuição da participação econômica de um indivíduo. Em 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE -, 79,5% da população com idade entre 24 e 49 anos era considerada economicamente ativa; em contrapartida, apenas 37,5% da população com idade superior a 50 anos se enquadravam em alguma atividade econômica. Porque a população economicamente ativa é aquela que, resumidamente, proporciona bens, serviços e afins, é lídimo afirmar que o envelhecimento sem contrapartida  demográfica proporciona o desequilíbrio das relações econômicas ao não afetar os níveis de consumo, mas diminuir a capacidade de oferta dentro do mercado econômico, algo que ocasiona aumento de preços e, por conseguinte, diminuição do poder de compra da população como um todo.    Destarte, a fim de reduzir os impactos negativos provenientes do envelhecimento da população brasileira, os quais estão sintetizados na diminuição da população economicamente ativa, é imprescindível que o Presidente da República, por meio de proposta de lei nacional, crie empresa pública responsável por fornecer capacitação à população com mais de 50 anos. Além disso, essa mesma empresa será responsável por fornecer, junto às entidades da Administração Pública, serviços simples que serão desempenhados pelos indivíduos capacitados por ela. Com isso, será possível garantir uma maior participação econômica da população com idade superior a 50 anos, bem como melhorar, de uma maneira geral, os serviços ofertados pelo Estado à sociedade, posto que aumentará o leque de mão de obra e o de especialidades fornecidas pelo Poder Público.