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Enviada em: 03/08/2019

A cada 5 anos a população idosa brasileira cresce 18 %, segundo dados do IBGE divulgados em 2016. Tal fato, entretanto, reflete impactos sobre a dinâmica da população, seja no fator previdenciário ou no aumento da demanda por saúde pública. Nesse sentido, urge estudar o processo de envelhecimento dos brasileiros para que se possam evitar seus efeitos colaterais na sociedade.  Em primeiro plano, apesar do modelo econômico vigente, capitalismo, equiparar funcionalidade a lucros, o envelhecer não caracteriza o fim breve da vida. Tendo em vista, o Estatuto do Idoso, criado em 2013, visa à garantia do bem-estar destes, como também a manutenção dos seus diretos. Entretanto, com o Brasil se encaminhando para o quarto estágio demográfico- mais idosos do que jovens- o resguardo dos mais velhos fica em “xeque”. Diante disso, setores como o da previdência são impactados, nesse caso, pode ocorrer um rombo, o qual é caracterizado pela desigualdade numeral entre população ativa e idosa. Assim, caso o Estado não possua um bom plano, não conseguirá assistir os idosos conforme o Estatuto, dando espaço às consequências promoverem o “xeque-mate”.    Em consonância, o Estado também é responsável por assegurar o direito à saúde. Todavia, sabe-se que a partir dos 60 anos os indivíduos se tornam mais propensos a certas doenças; logo, como essa população está crescendo, aumentam-se os gastos e necessidade por saúde pública. Dessa forma, são nítidos, também, os baixos índices de qualidade desta, os quais tendem a ficarem piores, infringindo os direitos vitais da população, principalmente idosa. Paralelamente, é possível afirmar que o status de “cidadãos de papel”, idealizado pelo escritor Gilberto Dimenstein, se faz presente no que se refere a não realidade do previsto constitucionalmente. Portanto, o envelhecer traz desafios à saúde pública, tornando difícil a impressão dos cidadãos.  Destarte, ficam claros os impactos causados pelo envelhecimento da população brasileira e a necessidade de evitar seus efeitos negativos. Sob esse viés, as universidades e faculdades podem atender aos idosos sem a necessidade destes se deslocarem até uma unidade, por meio da organização de grupos interdisciplinares, por exemplo, com alunos do curso de medicina e odontologia, os quais façam atendimento básico gratuito em residências, com o efeito de diminuir a lotação no Sistema Único de Saúde. Assim, este pode ser o primeiro passo diante a construção de como a sociedade pode envelhecer de maneira saudável.