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Enviada em: 16/07/2019

Em Atenas, Pólis grega, o idoso era extremamente respeitoso e valorizado, visto que as atenuações eram mais antigas, mais experientes e sábias. Hodiernamente, essa valorização se resolveu em desrespeito, negligência e desvalorização. Em pleno século XXI, infelizmente, o idoso é tratado como um objeto que já passou pelo prazo de validade. Logo, é necessário implementar medidas para combater essa realidade que implica nas necessidades econômicas e sociais básicas que não estão sendo oferecidas dignamente àqueles que já muito fizeram.    Primeiramente, ainda que haja o Estatuto do Idoso, responsável por garantir seus direitos, é sabido que a terceira idade, muitas vezes, sofre discriminação por parte dos mais jovens. Embora, nem sempre, seja demonstrado explicitamente, o idoso é tratado como “peso morto” pela sociedade, pois podem apresentar limitações físicas e psicológicas. Além disso, a falta de infraestrutura nos espaços, assim como os problemas na Previdência, acentua ainda mais essa imagem. Dessa forma, a exclusão vivenciada por eles evidencia o conceito de determinismo biológico, difundido no século XIX, em que se defende a predeterminação da função social do indivíduo a partir de suas características biológicas.      É importante ressaltar, também, que a própria dinamicidade, no mundo contemporâneo, dificulta a vida da terceira idade. A constante falta de tempo torna a necessidade de cuidar de um idoso, no Brasil, uma tarefa árdua. Ademais, os avanços tecnológicos não foram acompanhados por eles e poucos têm paciência de inserilos nesse “mundo novo”. Dessa forma, eles se veem cada vez mais excluídos da vida moderna e com mais dificuldade de se relacionar com as pessoas de outras faixas etárias. Esse cenário evidencia, então, o quanto a sociedade atual é individualista, ilustrando a ideia de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, em que, segundo ele, “as relações escorrem pelo vão dos dedos”.      Fica claro, portanto, que a exclusão social dos idosos é uma questão evidente e deve ser combatida. Para isso, o Ministério da Fazenda deve promover mudanças na Previdência Social, a fim de aumentar o poder aquisitivo dos idosos. Além disso, as prefeituras devem investir em acessibilidade e opções de entretenimento para a terceira idade. As escolas e a mídia, também, devem ser responsáveis por difundir valores positivos em relação aos idosos, mostrando que, em vez de ultrapassados, eles possuem muita sabedoria e experiência para serem compartilhadas. Assim, a interação entre todos os grupos etários será cada vez mais possível.