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Enviada em: 16/07/2019

De acordo com o conceito de transição demográfica, a dinâmica do crescimento populacional está ligada com o nível de desenvolvimento do país. Nesse sentido, as nações tendem a passar pela diminuição das taxas de natalidade e, em contraponto, aumento da longevidade, gerando a diminuição da população economicamente ativa, caracterizando uma nova conjuntura definida pelo aumento da população idosa. Assim, o Brasil, que está inserido nesse contexto, enfrenta os impactos sociais e econômicos decorrentes da maior expectativa de vida de sua população.  Segundo um levantamento realizado em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a fatia de pessoas com mais de 65 anos alcançará 20% da população em 2046, enquanto em 2010 estava em 7,3%. De certo, tendo em vista o sistema econômico capitalista em que estamos inseridos, que prega a produtividade, o trabalho e o lucro como qualificadores do valor humano, torna-se claro a exclusão social da parcela da população que é inativa economicamente, no caso, os idosos. Dessa forma, contrapondo o conceito de modernidade líquida proposta por Zygmunt Bauman, em que as relações sociais são triviais, é imprescindível que a inclusão dos idosos no âmbito coletivo seja prioridade, para que o conceito equivocado da trivialidade da terceira idade seja ressignificado e a sociedade veja a importância de sua população madura, aumentando, assim, a coesão social.  Ademais, pontua-se também a necessidade de garantir boas condições socioeconômicas a emergente população longeva, na medida em que, por estarem em sua maioria aposentados, dependem exclusivamente da previdência social. Dessa forma, é imprescindível a manutenção do atual modelo participativo de previdência social, em que, através da regulamentação governamental, a União e os empregados contribuem para a a manutenção financeira dos aposentados, independente de sua classe social, garantindo uma renda digna aos ex-trabalhadores.   Portanto, medidas são necessárias para atenuar as problemáticas relacionadas ao envelhecimento populacional no Brasil. De certo, o Governo Federal, tendo em vista a nova conjuntura da dinâmica populacional deve, por meio de concessões de verbas aos estados e municípios, incentivar a formulação de centros sociais, educacionais, culturais e esportivos voltados para o público da terceira idade que, ao contarem com a contribuição de profissionais das respectivas áreas, serão desenvolvidos atividades que visem a manutenção da autonomia, auto estima e integração dessa população à sociedade. Ademais, por meio de captações de recursos privados, o atual sistema de seguridade social deve ser fortalecido, afim de garantir a manutenção das aposentadorias e consequente inclusão dos idosos no âmbito econômico, gerando uma velhice digna para todos.