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Enviada em: 28/07/2019

As civilizações sempre estiveram às voltas com a questão do envelhecimento humano. Nas sociedades primitivas, os jovens admiravam e tinham respeito pelos mais velhos, dando-lhes significativa importância. Diferentemente, hoje, percebe-se que, com a questão do envelhecimento, aos idosos começa a restar apenas um lugar de exclusão e marginalização. Nessa perspectiva, percebe-se no Brasil, irromper uma grave crise populacional. Dessa forma, urge que medidas sejam tomadas para amenizar a problemática, que é motivada não só pela diminuição das taxas de natalidade, mas também pela desvalorização cada vez maior da população de idosos brasileiros.       Em primeiro plano, evidencia-se a diminuição das taxas de natalidade como fator determinante para agravar a problemática, em vista de cada vez mais a PEA (População Economicamente Ativa) ter menos filhos, muito disso em  consonância com o modelo capitalista, pois é nesse sistema econômico que se acentuam as desigualdades sociais vigentes. Percebe-se essa tendência na observação de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mostra, no senso de 2010, que a taxa atual de fecundidade era de 1,9 filhos por mulher, número bem menor que os 6,2 na década de 1960. Nesse sentido, o mesmo IBGE, reforça que existem mais de 30 milhões de idosos no país. Assim, percebe-se o necessário desenvolvimento de políticas públicas com respeito a essa questão.       Igualmente, ressalta-se que a desvalorização cada vez maior da população idosa está entre as principais consequências dessa problemática, devido, principalmente, à dinâmica mercadológica, marcada pela qualificação do potencial da juventude em detrimento da velhice estabelecida por improdutividade e decadência. Nessa perspectiva, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por amostra por domicílio), dos 30 milhões de idosos do país, cerca de 7% apenas participa do mercado de trabalho. Portanto, indubitavelmente, faltam medidas efetivas pelas autoridades competentes para resolver os impactos do envelhecimento da população brasileira.        Logo, não há duvida que é preciso que seja tomada uma iniciativa para mudar a questão. Para isso, o Governo Federal, responsável direto por políticas de inclusão para a população, deve propor e executar planos de integração à sociedade e ao mercado profissional voltado às pessoas idosas, com o intuito de minimizar a perda do papel funcional-profissional e o papel referente à família - função de responsabilidade, dessa parcela significativa da população brasileira. Evidentemente, outras iniciativas devem ser tomadas, pois conforme Confúcio, filósofo na China antiga, "Todos os elementos de uma família deveriam obedecer aos mais velhos.