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Enviada em: 22/07/2019

No Brasil atual, os impactos do envelhecimento da população revelam-se como uma problemática de caráter social que atinge cada vez mais rápido os cidadãos. Tal cenário se deve, sobretudo, à falta de organização do sistema financeiro, somado à negligência da saúde pública oferecida a essa parcela da população. Logo, se fazem necessárias mais ações dos órgãos governamentais, objetivando o enfrentamento da questão.    A princípio, sabe-se que a redução da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida implicam diretamente no baixo desenvolvimento econômico do país. Com isso, os problemas relacionados à diminuição de pessoas no mercado de trabalho, ao baixo avanço da produtividade, à intensificação da crise na economia, unido à necessidade da garantia de salários favoráveis para que a população economicamente ativa possa custear os futuros aposentados, representam a ausência de um planejamento financeiro por parte do Governo Federal. Tal fato é exemplificado por dados do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, o qual preconiza que 15% dos indivíduos com mais de 65 anos não possuem aposentadoria, e, também, que em 2050 o número de idosos será 4 vezes maior. Dessa maneira, há a necessidade de discussões visando a solução dos impactos.     Paralelamente, cabe ressaltar que a questão da saúde pública é um dos principais desafios na vida da população mais velha. Segundo o filósofo Aristóteles na obra Ética a Nicômaco, a política existe para garantir o bem-estar dos cidadãos. No entanto, a saúde pública oferecida no Brasil ainda não é longitudinal e de qualidade, uma vez que tal parcela da população consome mais serviços, as internações hospitalares são mais frequentes e o período de ocupação do leito é maior. Isso se deve às doenças crônicas e múltiplas que exigem cuidados constantes, medicações e exames regulares. Sobrecarrega o sistema, não gera benefícios consideráveis à saúde, e, consequentemente, nem à qualidade de vida dos idosos.    Com efeito, torna-se evidente a necessidade de superar os impactos do envelhecimento da população brasileira. Para tanto, o Governo Federal por meio do Ministério da Economia, deve investir no desenvolvimento financeiro e na cessação da crise do sistema econômico, por intermédio da reorganização do planejamento e estratégias de avanço financeiro, a fim de equilibrar todos os custos para que seja capaz de promover os benefícios previdenciários à população mais velha. Por fim, o Ministério da Saúde deve reestruturar o modelo de cuidado focado no idoso, por meio da implementação de um modelo integrado, com o objetivo de resolver os problemas de atendimentos fragmentados e mal coordenados do sistema público de saúde.