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Enviada em: 22/07/2019

No livro " A velhice " da filósofa contemporânea Simone de Beavouir, a autora critica a desumanização vivida pelo indivíduo durante o envelhecimento, marcado por desumanização e exclusão na sociedade. Análogo a isso, é fato que o pensamento filosófico se estabelece no panorama atual, especialmente, no que concerne os efeitos do envelhecimento da população brasileira. Nessa perspectiva, é necessário analisar os impasses refletidos na economia, bem como abrandamento da atuação no mercado de trabalho pelos idosos em detrimento de outras parcelas sociais.   Em primeira análise, cabe pontuar que apesar de normas jurídicas como a Constituição Federal, no seu artigo 170, preveja o controle econômico, porque enseja fenômenos de poder, esse mecanismo legal encontra-se deturpado. Uma  prova disso é exposta ao se analisar efeitos correlacionados ao aumento da expectativa de vida na esfera brasileira, o qual reflete-se no aumento de gastos previdenciários e decréscimos substanciais da população economicamente ativa (PEA). Assim, desestabiliza maiores controles estatais com relação às ações financeiras do país, urgindo atenção mais assídua governamental para atenuar essa mazela societária.   Segundamente, além de impasses do Poder Público, expressa-se também, efeitos na inserção mercadológica de indivíduos da terceira idade no âmbito grupal. Nesse ínterim, de acordo com o  Estatuto do Idoso pessoas com sessenta anos ou mais, devem possuir direito ao exercício da atividade profissional. Não obstante, consequentemente, esse fator não determina-se na prática, uma vez que a cada ano inserção de longevos no ramo laboral não cresce de maneira abrupta em relação a pessoas mais jovens, restringindo os idosos por suas condições físicas, intelectuais e até mesmo psíquicas na sociedade como expôs similarmente Beavouir.    Evidencia-se, portanto, significativas  dificuldades interligadas aos impactos do envelhecimento da população brasileira. Por conseguinte, o Estado, em conformação ao Ministério da Economia, deve liberar recursos provenientes por meio do Produto Interno Bruto (PIB), para assegurar os direitos previdenciários aos idosos a fim de promover o controle financeiro atestado pela Constituição Cidadã. Além do mais, cabe ao Ministério da Educação - ramo do Estado responsável pela formação civil - em consonância a empresas terceirizadas, inserir cursos profissionalizantes nos variados ramos, como o tecnológico ou da saúde, por exemplo, para idosos em todas as regiões do Brasil, com o intuito de diversificar seus currículos e garantir maiores incorporações no meio laborativo para que assim o pensamento de envelhecimento exposto por Simone diminua-se no país.