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Enviada em: 17/07/2019

A teoria de Frank Notestein afirma que a fase final da transição demográfica é caracterizada por uma população majoritariamente idosa. Hodiernamente, o Brasil caminha rumo à última etapa desse processo, tendo em vista o constante envelhecimento populacional. Todavia, o fenômeno não tende a ocorrer de maneira harmônica, em razão dos impactos trazidos por ele, os quais afetam tanto o sistema de saúde quanto a economia.       Em primeira análise, é fundamental analisar as consequências da problemática na saúde pública. Segundo dados do IBGE, 71% dos brasileiros usa, majoritariamente, os serviços públicos de saúde, dado que expõe a dependência da população a este sistema. Nesse contexto, com o envelhecimento demográfico, a demanda por atendimento especializado voltado à população idosa irá aumentar massivamente, sobrecarregando o setor. Assim, medidas devem ser executadas hodiernamente para que não haja uma crise de saúde no futuro.        Ademais, a economia também tende a ser afetada pela transição demográfica. Uma das condições básicas para que um país tenha crescimento econômico é haver uma grande parcela de População Economicamente Ativa (PEA) gerando renda. Dessa maneira, o envelhecimento populacional, juntamente com a baixa empregabilidade de jovens, irá causar uma redução significativa da PEA e, por conseguinte, comprometer a economia, a previdência e muitos outros setores. Logo, a situação descrita, a qual assola várias nações europeias, deve ser prevenida no Brasil.         Destarte, a fim de mitigar a adversidade é preciso que o Ministério da Saúde resolva a questão do sistema que lhe é incumbido, por meio de investimentos em assistência médica voltada à população idosa, como medicina preventiva, estímulo a hábitos saudáveis, etc., para que o setor esteja preparado quando a transição demográfica estiver completa. Além disso, as empresas devem contratar mais jovens para manter a PEA.