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Enviada em: 21/07/2019

Com os avanços na medicina, a expectativa de vida do ser humano tende a crescer cada vez mais. No Brasil, de acordo com o IBGE, esse aumento é significativo e reflete no número de idosos que compõem sua população. Entretanto, mesmo com essa longevidade, o país apresenta muitas falhas no que diz respeito ao trato com a melhor idade, tanto no âmbito familiar quanto no espaço público, visto que é preciso lhes garantir qualidade de vida, visando suas necessidades físicas, psicológicas e legais.        Em primeiro plano, a melhor idade enfrenta problemas com seus direitos, apesar da existência do Estatuto do Idoso, que garante a eles direito a saúde de qualidade, alimentação e lazer, por exemplo, ainda é alarmante o grau de desvalorização sofrido pelos mais velhos. Devido às limitações advindas da idade, sejam elas físicas, sejam psicológicas, os mais jovens os colocam como elementos descartáveis da sociedade, porque consomem mais do que são capazes de produzir para o coletivo. Ainda que existam jovens defendendo a valorização do idoso, é preciso ir além da teoria e respeitá-los na prática do dia a dia. Além disso, há uma negligência do Poder Público, que propicia atendimento e acesso de má qualidade à saúde pública, com grande defasagem no fornecimento de medicamentos.          Outrossim, os desafios para melhor garantir qualidade de vida à terceira idade são principalmente causados pelo comportamento individualista e excludente dos indivíduos em seus diversos círculos sociais. Falta empatia e paciência para observar e perceber a necessidade do outro e as possibilidades de aprendizado e ensinamento que uma relação entre uma pessoa mais jovem e outra mais velha pode proporcionar. Ainda é preciso ressaltar que o mundo contemporâneo, informatizado e imediatista, opera em tempo diferente do deles, o que não facilita a convivência dos idosos em sociedade e contribui para uma sensação ainda maior de exclusão e inadequação.                                                                                    Fica claro, portanto, que as dificuldades de interação e convivência do idoso em sociedade são reais e sérias, e que, para minimizar e por fim extinguir nessa desvalorização é necessário um trabalho continuado de conscientização. Logo, o Ministério da saúde juntamente com empresas privadas de atuação na saúde, precisa investir na saúde pública e em profissionais bem capacitados, para um atendimento melhor em unidades de saúde. Há também Núcleos de Estudo da Longevidade em Universidades, cuja ideia é de prevenção e busca de melhor vivência dessa fase. Daí o cuidado com a saúde, a inclusão em meios sociais, garantia de direitos e oportunidades trabalhistas, ampliação de interesses e incentivo a novos sonhos e planos que antes não eram ou não pareciam ser viáveis. Cabe também à família atuar de forma transformadora, fornecendo um lar acolhedor e nunca opressor, de modo que o idoso se sinta valorizado.