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Enviada em: 28/07/2019

O advento da Terceira Revolução Industrial transformou significativamente todos os meios da tecnologia e das relações humanas e econômicas. Dentre esses aspectos, pode-se citar o desenvolvimento de novos medicamentos para o controle de doenças que ao mesmo tempo possibilitaram uma melhor qualidade de vida, trouxeram um desafio típico da contemporaneidade: como lidar com as consequências do envelhecimento da população?         Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2060 o Brasil terá em torno de vinte e cinco por cento de sua população com mais de sessenta anos. Isso é resultado tanto dos avanços na área da saúde e criação de novos métodos contraceptivos, como também da entrada da mulher no mercado de trabalho. Logo, as taxas de fecundidade passaram a cair consideravelmente, o que estabeleceu um novo cenário para a sociedade brasileira.         Devido a essa realidade social, vários setores da economia terão suas atividades modificadas, visto que uma população mais idosa tende a utilizar mais alguns serviços em detrimento de outros. Em contrapartida, haverá um declínio no número de trabalhadores economicamente ativos, um dado preocupante já que para uma economia estar em harmonia é necessário que todos os setores tenham um balanço positivo. Além do mais, o país terá de lidar com o aumento de pessoas dependentes da aposentadoria por um tempo mais prolongado, um direito que mantém a dignidade do idoso, mas que sobrecarrega e pode desequilibrar as contas públicas.        Para amenizar os efeitos do envelhecimento populacional do Brasil, principalmente no setor econômico e previdenciário, é necessário ajustes a longo prazo por meio da educação financeira, a qual deveria constar no currículo da educação básica. Dessa forma, professores capacitados ensinariam seus alunos a como administrar melhor seus rendimentos futuros através do consumo consciente e a planejar as suas finanças para que na velhice  não dependa unicamente da previdência social do Estado.