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Enviada em: 26/07/2019

Após a Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre o período de 1939 até 1945, os países subdesenvolvidos – como o Brasil – passaram por uma revolução no setor da medicina, com descobertas científicas que permitiram um aumento na expectativa de vida de seus cidadãos e, portanto, geraram uma expectativa de envelhecimento de suas populações. Entretanto, um maior número de idosos na população brasileira reduz o número de trabalhadores ativos e pede por maiores investimentos em saúde pública.  A priori, o envelhecimento da população nacional pode reduzir a mão de obra ativa de nosso país no futuro. Após a Segunda Guerra Mundial, além das várias descobertas na medicina, houve também uma maior difusão de métodos contraceptivos no Brasil, situação que causou uma diminuição na taxa de fecundidade que, segundo dados da UNFPA, se encontrava em 1,7 em 2018. Assim, essa redução no número de filhos por mulher se combina com o aumento da expectativa de vida nacional, que é de 75 anos conforme pesquisa do IBGE, e pode ter como consequências, a escassez e o encarecimento de mão de obra, uma vez que as empresas não oferecem oportunidades nem melhores condições de trabalho que permitam a permanência de empregados de mais idade e, de acordo com pesquisa realizada pelo site Vargas, 62,2% das empresas apresenta resistência na contratação desta parcela dos cidadãos, embora eles ofereçam a vantagens de ter maior conhecimento para instruir os mais jovens.  Ademais, um maior número de idosos necessita de maiores investimentos no setor da saúde pública. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2030, os idosos serão mais de 41 milhões dos e, dessa maneira, colocarão o Brasil como quinto país com maior quantidade de idosos. Não é segredo que essa parcela da população apresenta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares – que tende a piorar graças à situação de sedentarismo na qual muitos de nossos futuros idosos vivem –, doenças respiratórias e transtornos mentais, tendo em vista que muitas destas pessoas de maior idade são desrespeitadas ou sofrem com a solidão. Dessa maneira, o Brasil deve prezar por um envelhecimento saudável, de modo a gerar idosos que gozem de maior independência para realizar tarefas diárias.   Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. Urge que o Ministério da Saúde forneça subsídios para que as Prefeituras Municipais possam aplicar nos postos de saúde, de modo a investir na contratação de funcionários que tratem da prevenção de doenças crônicas, como nutricionistas e, assim, reduzir a quantidade de idosos presos nas filas do SUS, e na divulgação de campanhas publicitárias nas mídias tradicionais que incentivem as empresas a contratarem profissionais de maior idade, visando um Brasil com idosos autônomos e com uma vida social ativa, de forma a evitar a solidão e a vulnerabilidade que esta sensação pode gerar neles.