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Enviada em: 22/07/2019

Segundo as ideias do filósofo florentino Maquiavel, não é o interesse particular que faz a grandeza dos Estados, mas o interesse coletivo. Visto isso, é possível mencionar que a evasão escolar no Brasil persistente como resultado do pouco caso dos governos e da população. Isso ocorre devido à falta de políticas públicas efetivas e à ausência de consciência, de grande parte dos indivíduos, sobre a importância da educação na formação do cidadão. Essa realidade constitui um desafio a ser resolvido não somente pelos poderes públicos, mas também por toda a sociedade.     Convém ressaltar, em primeiro plano, que o problema advém, em muito, da falta de investimentos públicos para atenuar a evasão escolar. Conforme dados do IBGE, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem concluir os estudos. Tal cenário demonstra a ineficiência do Estado em manter os alunos em sala de aula, pois não proporciona uma proposta pedagógica baseada em metodologias inovadoras, com uso da tecnologia, por exemplo. Segundo o escritor Gilberto Freyre, sem um fim social o saber será a maior das futilidades. Decerto, sem um ensino voltado para atender as necessidades dos jovens brasileiros, desde transporte escolar a inserção recursos tecnológicos, torna-se inviável amenizar a evasão das escolas.      Ademais, outro fator a salientar é a falta de estímulo familiar e, consequentemente, a ausência de consciência sobre a importância de concluir os estudos. Para o sociólogo francês Émile Durkheim, a educação tem por objetivo desenvolver na criança estados físicos e morais requeridos pela sociedade política.Desse modo, a ação educativa é necessária para formar indivíduos aptos, tanto para o desenvolvimento individual, quanto para o espaço público. Com isso, sem incentivo da família, os jovens acabam encontrando dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e conseguir ascensão social. Destarte, é fundamental analisar as razões que tornam essa problemática uma realidade no mundo contemporâneo.    Assim, faz-se pertinente debater acerca das consequências da evasão escolar no Brasil. Cabe, portanto,  Ministério da Educação (MEC), em conjunto com assistentes sociais acompanhar a frequência dos alunos por meio de visitas mensais nas casas, além de investir em tecnologia e na qualidade de ensino, através de pesquisas cientificas de campo e o uso de internet para trabalhos escolares. Além disso, as escolas, associadas a ONGs, devem desenvolver campanhas socioeducativas sobre a importância da educação para a formação do cidadão. Isso pode ocorrer com a realização de narrativas ficcionais engajadas, seriados e propagandas televisivas. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto da evasão escolar.