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Enviada em: 12/02/2019

A corrida contra o tempo         Menina, até 1 ano, pele clara, sem irmãos. Esse é o perfil desejado da maioria dos futuros pais sobre as crianças, no Brasil, segundo a revista Carta Capital de julho de 2018. Tal fenômeno garante a dificuldade de zerar a lista de espera dos pais e esvaziar os orfanatos espalhados pelo país. Assim, a Defensoria Pública e o Cadastro Nacional de Adoção (CNA) buscam apresentar e orientar a importância da adoção na realidade brasileira.        Primeiramente, a ruptura com esse perfil tem sido apresentada de várias maneiras diferentes. A exemplo, Astrid Fontenelle, jornalista brasileira, que fala abertamente que ganhou um “toque sutil” do funcionário da Defensoria Pública quando estava preenchendo o perfil desejado para o processo quanto ao desejo de adotar uma criança “sem problemas”. Vale ressaltar que mostrar que celebridades tendo essa atitude é um notório facilitador para que se aumente o número de adoções no país.       Outrossim, a produção de programas para televisão que retratam a odisseia das pessoas com o sonho de formar ou completar a família fortifica o ato de amor incondicional chamado adoção. O processo é, por vezes, longo e desgastante o que propicia a desistência dos futuros pais e, o pior, a permanência de jovens nos abrigos até a maioridade e a persistência desses no CNA. Dessa maneira, a ausência da figura familiar produz outro problema que poucas vezes é mencionado, a vida adulta de um indivíduo sem família.       Possibilitar, portanto, que esses impasses sejam transpostos é de suma importância para os envolvidos, além de ser uma questão social. Assim, incentivar esse processo por meio de campanhas publicitárias financiadas pelo governo federal com a finalidade de acelerar as adoções para que crianças possam o mais rápido possível ter um lar. Destarte, criar um fundo previdenciário para subsidiar um futuro digno para os jovens que, por ventura, não sejam contemplados com a adoção, custeado pelo governo, por exemplo com uma porcentagem dos diversos “royalties” recebidos Estados.