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Enviada em: 13/02/2019

Toda criança possui, segundo o Estatuto da criança e do adolescente, direito à convivência familiar. No entanto, muitas crianças ao serem abandonadas por seus pais biológicos acabam não tendo tal direito garantido. Para isso, uma solução para a inversão dessa situação é o sistema de adoção. Entretanto, devido a problemas como a estereotipação da criança e a desinformação populacional, tem ocorrido impasses no processo de adoção brasileiro.     Em primeiro lugar, sabe-se que, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), há no Brasil um número doze vezes maior de pessoas interessadas em adotar em comparação com o número de crianças cadastradas. Todavia,  a maioria dos adultos possuem um perfil idealizado para adoção. Esse padrão, majoritariamente,é caracterizado por crianças menores de 5 anos de idade e sem irmãos. Além disso, como consequência de tal grupo ser constituído por menos de quarenta por cento do número de crianças cadastradas e não havendo flexibilização dos adotantes, um número considerável de adoções não são concretizadas. Com isso, grande parcela dos cadastrados no sistema de adoção ficam no abrigo até completaram 18 anos de idade.      Em segundo lugar, um grande desconhecimento,por parte da população brasileira, a respeito do processo e dos benefícios que a adoção pode trazer aos possíveis pais e à criança. Com isso, muitos casais que não querem ou não podem ter filhos biológicos, mas que se interessam pela paternidade, acabam não considerando a possibilidade de adotar uma criança ou um jovem. Para exemplificar, um fator que corrobora para tal situação é a ausência de propagandas,em veículos de comunicação em massa, a respeito da adoção. Consequentemente, as criança cadastradas terão menos chances de encontrar uma família, mantendo-se desprovidas de seu direito.        Desse modo, por meio dos fatos supracitados constata-se a necessidade de medidas para a inversão da situação atual. Para isso, preciso que o Cadastro Nacional de Adoção estabeleça, por meio de fotos e videos de crianças em faixas etárias diferentes e com irmãos, um contato maior com os interessados em adotar. Para que assim, esses possam flexibilizar o padrão de adoção. Somado a isso, cabe ao Ministério do Bem-Estar Social desenvolver propagandas explicativas, sobre o processo de adoção e sobre os benefícios da mesma, que devem ser divulgadas nos veículos de comunicação em massa, como televisão e mídias sociais, de modo a esclarecer a população sobre esses mecanismos e desenvolver o interesse pela adoção por um número maior de pessoas. Dessa maneira, será notada uma grande melhoria nos impasses da adoção, trazendo benefícios a vida das crianças e dos adotantes.