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Enviada em: 13/02/2019

A adoção é definida como a criação de um vínculo afetivo, definitivo e vitalício; que tem como alguns de seus principais objetivos: integrar o indivíduo no âmbito familiar e a provisão de amparo emocional e financeiro. É evidente que na sociedade Brasileira existem preconceitos e impasses que impedem a fluidez do processo sistemático de adoção. Atualmente, a quantidade de pessoas que demonstram interesse em adotar é 12 vezes maior que a quantidade de crianças; muitas delas passam a vida em abrigos públicos, sem um lar, devido por partes, a ineficácia do sistema. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, existem 4881 crianças cadastradas para a adoção no país; 3206 (65.68%) têm irmãos. Porém quase 66% dos brasileiros interessados em adotar não querem crianças com irmãos. É necessário ressaltar também o preconceito como um impasse; tanto no preconceito de sexo e raça como na adoção tardia, em que adolescentes  são muito mais improváveis de serem adotados e por consequência, são deixados de lado até quando fizerem 18 anos; onde então serão forçados a deixarem os abrigos. Não sendo integrados propriamente, são obrigados a viverem nas margens da sociedade em condições instáveis, de violência ou até mesmo criminal. Torna-se aparente concluir portanto que os preconceitos e impasses que atrapalham o processo de adoção geram condições precárias na vida adulta e criminalidade que afeta a sociedade em geral. Para combater essa situação e reduzir a violência e a desigualdade, é necessária a participação de ONGs apoiando quem saiu do abrigo, a conscientização do problema do preconceito com a adoção pelos canais midiáticos e o melhoramento da eficácia governamental em relações a burocratização e aos processos.