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Enviada em: 18/03/2019

De acordo com José Saramago, escritor português, filho é um ser emprestado para amar além de nós mesmo. Nessa perspectiva, adotar é formar laços de amor que mudam as vidas do adotado e dos adotantes não importando a carga genética. Entretanto, essa legitimação burocrática apresenta impasses, uma vez que há especificidade das escolhas das famílias e as burocracias que prolongam o processo de perfilhação.        A adoção, no Brasil, é um direito civil promulgado pela Constituição Cidadã, logo um homem ou uma mulher maior de 18 anos podem adotar. No entanto, as características  da maioria das crianças não se enquadram nas escolhas dos futuros pais, assim, os abrigos apresentam 5.500 crianças para 30 mil famílias, segundo o Cadastro  Nacional de Adoção. Dessa forma, o processo de legitimação é prolongado, já que há uma discrepância do perfil dos pais adotantes e das crianças disponíveis, à vista disso é inaceitável que essa realidade permaneça em inercia.        Ademais, o grande número de exigências pelo juizado e as pesquisas de crianças que se enquadrem no perfil da família dificultam o processo de perfilhação. Embora, a Lei da Adoção, sancionada em 2017, tem como objetivo catalizar esses processos não houve tantas mudanças, dado que há muitos menores desejando ser adotados mas a burocracia letificam. Desse modo, é inadmissível que os trâmites sejam impasses para adoção, sendo assim essa problemática deve ser solucionada.        Diretrizes, portanto, são necessárias para que o processo de adoção aconteça de forma mais diligente. Logo, as famílias que estão na lista para adotar tem a incumbência de  participar dos grupos de apoio, que apresentam psicólogos e o serviço social, pois esses profissionais ajudarão na escolha do perfil da criança e a quebrar de tabus relacionados a etnia e a idade. Nesse viés, as reuniões deve ter palestras com pais que já adotaram crianças com descrições distintas, com finalidade de igualar os perfis dos menores com tais familias. Somente assim, os impasses no processo de adoção no Brasil vai diminuir.