Enviada em: 23/02/2019

A Constituição Brasileira de 1988 ampliou o conceito de base familiar, com isso, houve um crescente número de adoções. No entanto, alguns entraves continuam sendo pertinentes. Isso se evidencia não só na dificuldade de encontrar com o perfil solicitado, como também na demora para que o ocorra a adoção.       Em primeira instância, é importante ressaltar que mesmo sendo alto o número de crianças à espera de uma família, pouca são acolhidas. Segundo o jornal O Globo, 8,7 mil crianças estão à procura de adotantes e 66% dos brasileiros não estão dispostos a adotar meninos negros, maiores de 8 anos e com irmãos. Sendo assim, percebe-se que os requisitos para o perfil são paradoxais à realidade vivida nos abrigos. Logo, é necessário desconstruir algumas exigências de maneira a contemplar todos, a fim e que os medos e preconceitos sejam desconstruídos.        Outrossim, a demora para que cumpra todos os passos exigidos até o oficial apadrinhamento faz com que muitas pessoas desistam. Sem dúvidas, é primordial todas burocracias para a adoção, porém, o poder público falha na velocidade dos processos. Por conseguinte, muitas pessoas tiram o nome do Cadastro Nacional, e os maiores prejudicados são aqueles que iriam receber um novo lar. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o processo de adoção pode levar mais de dois anos, sendo variável por região. Assim, essa prática de amor torna-se mais morosa do que satisfatória.       Fica claro, portanto, que medida são necessárias para resolver esses impasses. Cabe a mídia e órgãos como o ECA, divulgar a importância da desconstrução de estereótipo para a adoçar e vencer o medo e o preconceito, por meio de palestras, debates e acompanhamento psicológico que irá ajudar em todos os passos. Por fim, o Poder Público em consonância com o Poder Judiciário deve agilizar as fases para apadrinhamento, aumentando o número de juízes, promotores e todos os trabalhadores responsáveis nos processos. Assim, a geração futura não terá os mesmos problemas que a atual.