Enviada em: 27/02/2019

Segundo a constituição todos têm o direito a convivência familiar e social, este deve ser assegurado tanto pelo Estado quanto pela sociedade. Infelizmente nem todos usufruem desse privilégio, como é o caso dos órfãos. A adoção é a ponte que liga essas pessoas ao seu direito mas no Brasil esse processo, além de rígido, enfrenta muitos impasses.   Dentre os impasses o mais visível é a burocracia. Por envolver muitas etapas o processo passa a ser longo, além de cansativo, o que desestimula muitas pessoas a terem filhos por meio da adoção. Ademais, algumas pessoas ou famílias têm uma certa preferência quanto a que órfão adotar.  Elas, normalmente, estão relacionadas as características da criança ou adolescente, como a idade, cor de pele, cabelo, entre outas expressões fenotípicas. Isso auxilia na amplificação do tempo de espera, que pode alcançar até dois anos, ou mais.   Tais preferências também envolve o fato de frequentemente não se acolher órfãos com irmãos. O fato da criança ou adolescente ter um irmão tem um peso, pois os laços sanguíneos e afetivos não se findam por meio de processos legais. Isso faz com que muitas das vezes elas continuem na fila de espera  por uma família. Vale ressaltar que os custos para manter toda uma família são altos e algumas delas não concluem o processo por saber que dentro do seu orçamento não poderá proporcionar uma vida de qualidade (como boa educação e saúde) a todos eles.   Diante disso, é dever do Estado buscar alternativas que visem otimizar o processo de adoção, como um recadastramento dessas crianças ou  adolescentes em um banco que seja mais descritivo, para que se reduza o tempo de espera para perfis compatíveis, além disso durante a preparação psicossocial deve-se relembrar os pretendentes a adoção de que o físico não deve ser fator primordial para acolher uma pessoa; o Estado deve também oferecer um curso de noção de administração financeira para que estas famílias consigam equilibrar seus gastos com a chegada de um novo filho e por meio disso proporcionar vida de qualidade a ele.